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Depois da sessão em que praticamente seis vereadores romperam com o prefeito de São João Batista ao criticar criticar fortemente o gestor, ontem os parlamentares abriram fogo contra os secretários municipais. Com a casa cheia, os parlamentares que usaram a tribuna não pouparam palavras e criticaram fortemente a gestão de Amarildo Pinheiro e de seus secretários. Mais desta vez o assunto que predominou foi o pedido que o secretário de saúde, Carlos Figueiredo, fez à casa, onde ele requer a cópia da ata da sessão anterior. O que os vereadores acharam de uma afronta e repudiaram a atitude do secretário. Com discursos fortes, os parlamentares usaram quase todo o tempo disponível no Pequeno Expediente para disparar críticas aos secretários.
O primeiro a falar foi o vereador Mecinho, que perguntou se Carlos Figueiredo é o dono da verdade. O vereador disse que todos os secretários são citados durante as falas dos vereadores e que ele tem é que procurar trabalhar e respeitar o Parlamento e o povo de São João Batista. “Nínguem va nos calar aqui e ninguém tem medo de secretário nesta casa, que de forma repudiável está tentando ser o dono da verdade”, disse. Já o vereador Uira Dominici foi mais longe. Disse que Carlos Figueiredo nem OAB tem e que ele não deve usar a influência que seu irmão tem para fazer prefeitos de refém.
Ao lembrar que o secretário ajuizou duas ações contra o vereador Chico de Nh0zinho, Uira Dominici disse ainda que o posicionamento dos vereadores é o mesmo com relação ao não pagamento dos salários e terminou dizendo que a palavra dos parlamentares é inviolável durante as sessões. Depois quem usou da tribuna foi Cabeça. Ele disse que na casa tem essas surpresinhas desagradáveis e que quando o secretário pede a cópia da ata é por que ele já está com a boca doce, e que ao ganhar indenizações não precisa mais fazer lambanças na área da saúde de São João Batista. Ao justificar a sua fala, o vereador citou que postos de saúde estão desativados e que o hospital está em crise.
Cabeça disse ainda que os parlamentares estão a disposição dos professores e que estes estão sendo lesados. Já o vereador Chico de Nhozinho também não poupou palavras ao secretário. Disse que é uma falta de respeito para com a casa e que ações como estas os deixa entusiasmado e que ele mostrará que a Câmara de Vereadores não é refém de ninguém. “Gostaria de tirar o chapéu pra Zequinha Soares, que não deixou sua mulher ser refém desses secretário e assim eu espero que o prefeito Amarildo faça e que se liberte desse cidadão que nem votado foi nas ultimas eleições em São João Batista. É uma falta de vergonha querer que eu o indenizem em 28 mil reais, sendo que eu tenho o direito de falar o quiser aqui nesta casa”.
O vereador Ivan engrossou a fala de seus colegas. Disse que repudia a posição do secretário de saúde e que em nenhum momento falou da vida pessoal de Carlos Figueiredo. “Falamos da área da saúde, bem como falamos da educação e da assistência social. A vida pessoal de nenhum secretário não nos interessa, mais esse secretário gosta é de mídia. Ele paga um meio de comunicação e que diz que a saúde de nossa cidade está melhor. Ele não é o dono da verdade, todos nós sabemos como anda a saúde da cidade”, disse. O vereador Renato Machado também também disparou duras críticas ao secretário, mais intensificou sua fala ao secretário Aguiar, ao dizer que na educação estão despedindo sem receber e finalizou dizendo que obras estão sendo feitas aleatoriamente e que ele não pode ficar calado diante destas situações.
Dezinho disse que fica indignado com tais situações e que continua culpando o prefeito Amarildo pela atual situação da cidade. O vereador disse que prefeito não pode ficar refém de secretários e afirmou que Carlos Figueiredo desrespeita decisões do gestor e da primeira-dama, Irê Pinheiro. Com relação à Aguiar Santos, Dezinho afirmou que o secretário diz que não demitiu ninguém e quem fez isso foram os diretores e pediu ações urgentes do Sindicato dos Professores. O presidente eleito da casa, Louro, afirmou que precisou há seis dias atrás precisou de uma ambulância e ninguém atendeu suas ligações. “Será que Carlos Figueiredo já esqueceu que a ditadura já terminou aqui no Brasil? Nesta casa, todos temos o direito de falar o que queremos”, afirmou.
Ao comentar o prêmio que o secretário recebeu recentemente, Louro disse que talvez ele tenha se superado, mais pra pior. Disse ainda que em São João Batista tem muitos secretários viciosos e que já acostumaram fazer prefeitos de refém. O vereador disse que conversou com a promotora e que ele teria dito que não tem poder pra mandar demitir ninguém e chamou o prefeito da cidade de mentiroso. O presidente eleito disse que Israel Melônio, atual presidente do SindProf, não poderia ser empossado como professor e que pode provar a afirmação ao dizer que ele foi o terceiro colocado no concurso de 2010. “Israel tá calado, só recebendo o seu e está em casa, mais sua nomeação será anulada”, terminou. Logo após quem usou da tribuna foi o vereador Luiz Everton.
O presidente do Poder Legislativo começou batendo fortemente no prefeito e que eles não irão se calar. Ao chamar a administração de Amarildo de incompetente, Everton afirmou que o gestor deve todos, desde de funcionários até fornecedores e que já levaram até o Setor de Pessoal para São Luis. Falou também sobre licitações e listou duas empresas, uma de combustível e outra de limpeza pública, que recebem cada uma, mais de 900 mil reais por ano em sua administração. Ao final, ele repudiou veementemente a atitude de Carlos Figueiredo e terminou dizendo que vai dá auxilio jurídico para todos o que quiserem ingressar na justiça para poderem ser pagos e criticou os secretários de Finanças e de Obras. O grande expediente terminou com a fala da vereador Cristina Figueiredo, que também engrossou a fala dos seus colegas.
Folha de SJB