Governo convida população dos Campos e Lagos para Escutas Territoriais em Viana

A edição 2018 das Escutas Territoriais teve início na última semana e mobilizou milhares de pessoas nos municípios de Caxias, Grajaú, Imperatriz e Pedreiras. A atividade promovida pelo Governo do Maranhão, por meio das secretarias de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e Planejamento e Orçamento (Seplan), está convidando a população a atuar na administração pública, indicando as prioridades para aplicação dos recursos públicos do Estado nos 15 Territórios maranhenses.

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No Território Campos e Lagos as Escutas acontecem na próxima sexta-feira (13), no município de Viana, a partir das 7h30. A plenária acontecerá no Fórum Desembargador Manoel Lopes da Cunha, o evento é gratuito. Formado pelos municípios de Arari, Cajari, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, Palmeirândia, Pedro do Rosário, Penalva, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer, Viana e Vitória do Mearim, o Território Campos e Lagos recebeu quase R$ 20 milhões de reais para investimento em propostas apontadas pela população, durante as Escutas Territoriais realizadas presencialmente na região e eleitas de forma online, por meio da plataforma digital participa.ma.

Em vigor desde 2015, O Orçamento Participativo (OP) tem se apresentado como uma ferramenta importante de atuação popular, que nos permite propor soluções para problemas da nossa região de forma coletiva. Nas escutas territoriais dos anos de 2015 a 2017, a população indicou como prioridade investimentos nas áreas de saúde, educação superior e infraestrutura, que está garantindo a execução de obras de grande importância para esses municípios, como a construção do Campus da Universidade Estadual do Maranhão no município de São Bento, a construção de um hospital de alta complexidade de 50 leitos em Viana e em breve a construção da estrada que liga Viana à Pedro do Rosário, aprovada como proposta para execução no Orçamento Estadual deste ano.

De acordo com o secretário de Estados dos Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, as escutas têm como objetivo democratizar o uso dos recursos públicos do Estado. “A votação do Orçamento Participativo é uma ação de Governo que garante à população o poder de decisão, de acompanhar a gestão, o uso dos recursos públicos e garantir a melhoria e o desenvolvimento solidário, com ações que não privilegiam apenas um grupo de pessoas, mas todas as micro e macrorregiões do Maranhão”, explicou.

Além de Viana, as escutas acontecem também nos municípios de Bacabal (Território Vale do Mearim), Governador Nunes Freire (Território Turi Gurupi), Pinheiro (Território Baixada Ocidental), Itapecuru-Mirim (Território Vale do Itapecuru) e Pindaré-Mirim (Território Vale do Pindaré). A programação completa você encontra no site: www.sedihpop.ma.gov.br ou nas redes sociais: @dhmaranhao no instragram, facebook e twitter.

Folha de SJB

Em Matinha, caminhão de gás perde controle e derruba postes em avenida. Vejam as fotos

Um caminhão de gás perdeu o controle e derrubou diversos postes no município de Matinha. O acidente aconteceu agora a pouco, por volta das 12 horas e ninguém saiu ferido.

Informações chegadas ao Blog do Jailson Mendes dão conta de que o dono do veículo teria perdido o controle e com o impacto, derrubou pelo menos dois postes, que ficaram no meio da avenida ‘José Sarney, principal da cidade de Matinha.

O veículo estaria sendo conduzido por um funcionário da empresa Gás Butano, uma das maiores vendedoras de gás na Baixada Maranhense. A Cemar foi acionada para retirar os postes da avenida, que está parcialmente bloqueada.

O motorista está bem, sem grandes ferimentos. Vejam as fotos.

Em tempo

O dono do veículo entrou em contato com blog para informar que nao se trata de uma revendedora do Gás Butano e nem o condutor teria perdido o controle, como informou o blog mais cedo.

Ele disse que o veículo apenas triscou no poste e como, segundo ele, o poste não tem capacidade de segurar um transformador  caiu levando outros três postes.

Folha de SJB

Primeira etapa do Projeto ‘Cidade Limpa’ é concluída no município de Matinha

Esta semana, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, fortaleceu as ações do Projeto Cidade Limpa em bairros e povoados de Matinha. A ação é um projeto inovador contra o mosquito e tem o apoio de várias escolas, secretarias e demais órgãos do município.

O mutirão contou com a Apoio das escolas IEASC, Padre Astolfo Serra e Renascer Matinhense e contou com a participação da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Limpeza Pública. A ação conta com a participação de enfermeiras; técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate à endemias (ACE), sob a orientação dos coordenadores do projeto, Orlando Rabelo e Eliandra.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Lenilson Cutrim, o Projeto Cidade Limpa – Matinha Contra o Aedes prosseguiu toda essa semana e no último dia 28, a ação contou com a participação do secretário de Obras e Infraestrutura do município, Eldo Jorge, que acompanhou a realização da etapa final, com o dia ‘D’ do projeto.

A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, comandada pelo secretário Lilico, durante um evento em Matinha com a participação da prefeita Linielda de Eldo, participação dos ACS, ACE e demais profissionais da ESF, e Escola Joaquim Inácio Serra, IEASC, e Renascer Matinhense.

Em março, Viana recebeu mais de 5 milhões. Vejam os números de S. J. Batista, Matinha, Penalva, Olinda, S. V. Ferrer, Cajapió e São Bento

Apesar da reclamação geral de prefeitos de que há queda e até falta de verbas para honrar compromissos com a administração pública, os 217 municípios do Maranhão estão com repasses em dias e os prefeitos recebem religiosamente os recursos oriundos do Fundo de Participação e do Fundeb, além de outros fundos.

Só nos primeiros dois meses do ano, algumas cidades que o Blog do Jailson Mendes cobre receberam mais de 15 milhões de reais e mesmo assim, estes municípios estão sendo vítimas de denúncias e cobranças por parte dos moradores, principalmente os municípios de Viana, Penalva e São Bento.

Essas cidades, entre as 8 cidades que o blog cobre, estão entre os que receberam 4 e 5 milhões de reais em março, com demonstram os dados abaixo. Só o prefeito de Viana, Magrado Barros, recebeu mais de 5 milhões este mês, superando todos outros municípios que o blog cobre. O levantamento foi feito com base em dados fornecidos pelo Portal da Transparência do Governo Federal e pelos demonstrativos do Banco do Brasil.

Cabe ressaltar que estes valores não estão incluídos as retenções para pagamento de débitos que as prefeituras estão devendo para previdências e outras empresas. A cidade que mais recebeu dinheiro entre esse período é a cidade de Viana, administrada pelo prefeito Magrado Barros.

Vejam os valores brutos

São João Batista 2.654.616,98 C

São Vicente Ferrer 2.423.516,24 C

Matinha 2.723.375,63 C

Viana 5.095.823,21 C

São Bento 4.076.544,61 C

Penalva 4.494.099,21 C

Olinda Nova do Maranhão 1.986.961,34 

Cajapió 1.465.527,80 C

Folha de SJB

Intercambista da Alemanha visita alunos da Rede Pública de Matinha

Um jovem intercambista da Alemanha está na cidade de Matinha, na Baixada Maranhense, realizando rodas de conversas com alunos da Rede Pública de Ensino. A visita está sendo coordenada pelo Instituto Formação e pelo Fórum de Juventude do município.

Peer Jacob faz parte de uma organização chamada KICKFAIR, que é uma organização que trabalha com jogos educativos no mundo inteiro e tem como parceiro, no Brasil, o Instituto Formação. Jacob está desde a segunda-feira em Matinha e deve terminar sua jornada hoje, após visitar escolas e povoados.

A visita faz parte da agenda do projeto “Irradiando Bolação nas Comunidades”/FutRua3, que trabalha na perspectiva de que todos os jovens têm as mesmas oportunidades para desenvolver seu potencial pessoal e profissional. Nas fotos, Peer Jacob visita a escola IEASC, que finalizou com oficina de FutRua 3 na praça, jogos e roda de conversa.

Ontem, a visita foi na comunidade quilombola Tanque de Valença e seguiu com visitas às escolas e povoados, com rodas de conversas e falas sobre a metodologia apresentada pelo projeto Irradiando Bolação nas Comunidades.

Folha de SJB

Secretaria de Saúde dá início ao projeto Cidade Limpa em Matinha

Nesta segunda-feira (26), a Prefeitura de Matinha deu início ao Projeto Cidade Limpa – Matinha Contra o Aedes. Neste primeiro dia do mutirão, a ação aconteceu nos bairros Galiza, Verônica, Caminho do Fio, Vila Cardoso e Santa Maria dos Meireles.

O mutirão contou com a participação de alunos da Escola Joaquim Inácio Serra. As equipes realizaram o mutirão também nos polos Sede, Santa Vitória, Bairro Novo e São Francisco. A ação contou com a participação de enfermeiras; técnicos de enfermagem agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate à endemias (ACE), sob a orientação dos coordenadores do projeto, Orlando Rabelo e Eliandra.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Lenilson Cutrim, o Projeto Cidade Limpa – Matinha Contra o Aedes prossegue nesta terça-feira (27). A prefeita Linielda de Eldo acompanha a realização do projeto, que se encerra nesta quarta-feira (28) quando acontece o dia ‘D’.

A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, comandada pelo secretário Lilico, durante um evento em Matinha com a participação da prefeita Linielda de Eldo, participação dos ACS, ACE e demais profissionais da ESF, e Escola Joaquim Inácio Serra, IEASC, e Renascer Matinhense.

Folha de SJB

Sai o resultado do Processo Seletivo de Matinha. Vejam aqui a lista de aprovados

A Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da Secretaria de Educação, divulgou ainda na noite desta segunda-feira, 26, a lista dos 130 professores aprovados no Processo Seletivo da cidade para atuarem na Rede Municipal de Ensino. O processo é para a contratação imediata de 50 professores e 80 para cadastros de reservas.

Os contratos são para as modalidades Educação Infantil (10), Ensino Fundamental (30) e Educação de Jovens e Adultos (10) para as vagas imediatas. Conforme o edital, o salário será de 954 reais. As vagas serão destinadas para professores da sede e da zona rural e as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado, juntamente com a entrega dos títulos, na Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMECTI.

Os candidatos classificados serão contratados pela Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da SEMECTI, por prazo determinado de 10 (dez) meses, em regime de 20 horas de trabalho semanais. A lotação do professor contratado será efetuada em conformidade com as necessidades das escolas da rede municipal de ensino, identificadas pela Secretaria Municipal de Educação.

A análise dos documentos apresentados, ocorreu no período de 21 a 23 de março de 2018, e está sendo de responsabilidade de uma Comissão de Avaliação, designada pelo Poder Executivo. Confiram, abaixo, a divulgação do resultado do Seletivo Simplificado para Contratação Temporária de Professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos do município de Matinha.

APROVADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 2018 OFICIAL 2

CADASTRO DE RESERVA EJA OFICIAL

lista de classificação CADASTRO RESERVA do 1º ao 5º ano OFICIAL

lista de classificação dos APROVADOS da EJA ano para publicar

lista do CADASTRO RESERVA da Educação Infantil – OFICIAL

relação de CADASTRO RESERVA 6º AO 9º ANO – Cópia

SELETIVO RELAÇÃO DOS APROVADOS 1º AO 5º OFICIAL

relação de APROVADOS 6º AO 9º ANO-OFICIAL

Folha de SJB

Operação ‘Cerco Total’ é deflagada em São Vicente, São João Batista, Penalva e São Bento. Vejam as fotos

Várias cidades da Baixada Maranhense receberam neste domingo, 25, a Operação Cerco Total contra drogas, armas e roubos. Entre os municípios estão São João Batista, Olinda Nova, São Bento, São Vicente Ferrer, Penalva, Vina e São Bento simultaneamente e foi coordenada pela Polícia Militar de Viana.

A operação policial contou com a Rocam do 25º BPM de Cururupu, comandada pelo sargento Júnior, que atuou em vários prontos da cidade de São João Batista, assim como nas outras cidades, resultando na apreensão de um simulacro e na prisão de dois indivíduos. Operação, já foi realizadas nos municípios de Viana, São Bento, Penalva e São Vicente.

Durante a as abordagens, os policiais contaram com o apoio da Rocam do 25° BPM de Cururupu, Rocam da 2° CI de Mirinzal e 10° BPM de Pinheiro. Na convocada pela 13° companhia de Viana comandada pelo major Fábio. O comandante da Polícia Militar de São João Batista, Cabo Serra, confirmou que várias buscas foram realizadas na cidade.

Os policiais já realizaram várias prisões e apreensão de drogas e pelo menos 25 papelotes de uma substância parecida com cocaína. A missão da Policia Militar é fazer preensão de armas, drogas, objetos e veículos roubados ou furtados, alem de desarticular quadrilhas e fechar pontos de vendas de drogas.

De acordo com o major Claudio, da Rocam, a operação tem por finalidade manter a ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio, evitar que crimes aconteça em ações preventiva e capturar agentes cometedores de crimes nas ações repressivas afim de estabelecer a paz social nos municípios.

Até a noite de ontem, foram retiradas ruas pessoas envolvidas com tráfico drogas portanto substâncias semelhante a cocaína, maconha, e dois indivíduos com um simulacro de pistola suspeitos de comentarem assaltos na região, a operação ainda continua incansavelmente na guerra sem trégua contra o crime. Com informações de Claudio Mendes.

Folha de SJB

Prefeita de Matinha vai concorrer ao prêmio Prefeito Empreendedor 2018, do Sebrae

A prefeita de Matinha, Linielda Nunes Cunha (Linielda de Eldo) participou nesta quarta-feira (21/03) de um workshop promovido pela Unidade Regional do Sebrae em Santa Inês, que teve como objetivo orientar os prefeitos municipais sobre como se inscrever para participar do X Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor.

Acompanhada da equipe responsável pela Sala do Empreendedor do município de Matinha, a prefeita esclareceu dúvidas sobre o regulamento do Prêmio e saiu satisfeita com a certeza de que pode colocar o município para concorrer à premiação este ano. “Matinha vai participar da concorrência graças às ações que desencadeamos em prol do desenvolvimento econômico e social do nosso povo. Esse prêmio é a oportunidade de podermos propagar essas ações”, ressaltou a prefeita.

O Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor é um programa de reconhecimento aos prefeitos e administradores regionais que implantaram projetos com resultados comprovados com foco no desenvolvimento dos pequenos negócios do município. Nesta edição, serão premiados gestores que tenham implantado projetos com resultados comprovados de estímulo ao surgimento e ao desenvolvimento de pequenos negócios e à modernização da gestão pública.

Folha de SJB

Operação Baixada Livre garante acesso a água para comunidades da Baixada Maranhense

Na semana em que o mundo celebra o Dia Internacional da Água, o Governo do Maranhão realiza mais uma etapa da operação que assegura o livre acesso de comunidades tradicionais ao bem mais precioso do planeta, a água. A Operação Baixada Livre, que durante toda a semana libertou os campos da baixada maranhense dos cercamentos ilegais, devolveu às comunidades do município de Matinha o acesso aos campos inundáveis da baixada, principal fonte de vida da região.

A operação, coordenada pelas secretarias de estado do Meio Ambiente (Sema), Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Agricultura Familiar (SAF), Igualdade Racial (Seir), Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA), Policia Militar, Policia Civil, com o apoio da Cemar, retirou o total de 21,4 km de cercas e aplicou 11 autuações, no território que compreende 1.600 hectares de terras, localizados em SesMaria do Jardim, composto pelas comunidades quilombolas de Bom Jesus, Patos e São Caetano.

“A utilização de cercas em áreas inundáveis, sobretudo as cercas com eletrificação, são de uso proibido conforme o novo código florestal. Por meio da lei federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012, fica previsto pela que em áreas de preservação permanente a manutenção do perímetro mínimo de proteção seja de pelo menos 30 metros. Por isso a SEMA realizou os procedimentos administrativos como autos de infração e apreensão dos materiais que são usados nas práticas dos ilícitos ambientais. Os proprietários autuados tem o prazo legal de 20 dias para se defender e caso isso não ocorra, vão responder por uso de área indevida conforme a legislação ambiental”, esclarece o Superintendente de Fiscalização da Sema, Fábio Henrique Sousa.

A atividade teve caráter fiscalizador e também educativo, pois durante a operação foram feitos todos os procedimentos legais de notificação, autuação e também orientação dos proprietários de terras nas regiões próximas aos campos inundáveis, que embora façam parte do território de propriedade desses fazendeiros, permanecem sob proteção do estado, por meio do Decreto Estadual n º 11.900 de junho de 1991, que criou a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense.

Para o secretário Adjunto dos Direitos Humanos da Sedihpop, Jonata Galvão, a privação do uso da água às comunidades tradicionais interfere diretamente no seu modo de vida. “As comunidades tradicionais têm uma relação com a água, especialmente nos campos da baixada, que significam a vida, o trabalho, lazer, significa seu moo de vida. Garantir esse acesso é garantir que as pessoas tenham vida digna. A água não pode ser propriedade de ninguém, ela é pública, é de utilidade para todas as pessoas, especialmente para aquelas que dependem desse recurso hídrico para sua sobrevivência, sua cultura e também para seu modo tradicional de viver”, ressalta o secretário.

O Secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, afirma que a atividade do estado durante essa semana é um marco para a preservação da vida e da natureza no Maranhão. “É de fundamental importância que no dia mundial da água o estado do maranhão esteja fazendo essa ação, onde está se retirando as cercas e arames eletrificados dos campos naturais da baixada maranhense, principalmente essa ação que é feita no território de SesMaria dos Jardins, onde as comunidades quilombolas tinham sido impedidas de ter acesso a água e aos recursos dos campos naturais. Água não pode ser cercada, a água deve ser livre para a utilização da comunidade”, avalia.

Em 1991, a Organização das Nações Unidas divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água como forma de promover a reflexão acerca da importância da preservação dos recursos hídricos do planeta, bem como a sua utilização de forma racional. Em seu primeiro artigo a Declaração define a água como um patrimônio universal e em seu artigo oitavo, que a utilização desse recurso implica respeito à lei, pois o equilíbrio do nosso planeta depende da preservação da água e de seus ciclos.

Folha de SJB

Secretário de Direitos Humanos acompanha Operação Baixada Livre em Matinha e derrubada de cercas continuam

Iniciada desde a última segunda-feira (19), a Operação Baixada livre percorreu nesta quinta-feira (22) o território das Sesmarias do Jardim onde há três comunidades Quilombolas (Bom Jesus, Patos e São Caetano) dentro do município de Matinha. A ação de hoje contou com a participação do secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, e o presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Raimundo Oliveira.

Para o secretário Francisco Gonçalves, essa é uma operação em favor da vida. “O uso de cercas elétricas compromete a vida das pessoas, dos animais domésticos, animais silvestres e ao mesmo tempo é uma operação para assegurar o livre acesso das populações locais as populações tradicionais aos campos naturais. E restringir o acesso dessas comunidades através de cercas é um ato criminoso e ao mesmo tempo deverá ter um ato pedagógico, demonstrando que é preciso que todos cumpram a lei, e é um dever de todos nós preservá-los”, disse.

Segundo Luciene dias, secretária adjunta da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), “quem usa esses campos geralmente são as comunidades tradicionais (pescadores, quebradeiras de coco, ribeirinhos e comunidades quilombolas) e, assim, pesquisas mostram que as áreas mais preservadas é aonde está comunidades tradicionais. Então são essas famílias que estão reivindicando que essas áreas sejam libertas dentro do ponto de vista da preservação dos campos, mas também do uso comum dos mesmos, inclusive a família da senhora Ódosina, que também possa utilizar mas de forma comum como as comunidades tradicionais”.

“Durante a ação desta quinta-feira foram constatadas algumas irregularidades como da proprietária Ódosina Mendes, que magiou o campo com uma cerca extensa. Ao magiar a área eles cavaram fazendo uma barreira para impedir que a água do campo continue avançando, então eles privatizaram um espaço público no momento que foi construído as barragens”, disse o superintendente de fiscalização da Sema, Fábio Henrique.

Ao todo já foram retirados mais 10 quilômetros de cercas na ação que envolve secretarias de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Participação Popular, Igualdade Racial, Agricultura Familiar, Iterma, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental e apoio da Cemar.

Folha de SJB

Em seu terceiro dia, operação Baixada Livre continua derrubando cercas ilegais em Matinha

Para garantir o livre acesso aos campos alagados do território quilombola de Sesmaria do Jardim, no município de Matinha, a Operação Baixada Livre continua no terceiro dia derrubando as cercas e apreendendo os mourões, arames e cabos que isolam grandes partes dos campos. Estas cercas restringem o deslocamento dos remanescentes de quilombos moradores do território e durante as fiscalizações foi constatada a eletrificação dos arames, gerando diversos acidentes e pondo em risco a vida dos moradores.

A ação desta quarta-feira (21) foi concentrada na comunidade quilombola Bom Jesus, onde foram removidas e inutilizadas mais de 3,5 km de cercas colocadas por quatro grandes latifundiários da região. A quilombola dona Duciene, 44 anos, nascida no território, descreve sua situação e se demonstra confiante com a ação do Governo. “Sou pescadora, sou quilombola, sou negra, quebradeira de coco e essa cerca atrapalhava nosso ir e vir e nosso trabalho. A gente não conseguia mais nem conversar com os vizinhos. Estou confiante que essa ação vai nos deixar livres”, disse.

“As cercas impedem os moradores de pescarem nos campos, de coletarem o babaçu e de terem qualquer área agricultável, isto é, de terem a liberdade de utilizar os recursos naturais. A retirada das cercas significa dar o direito de ir a vir a todos que residem no território”, afirmou a secretária-adjunta de Extrativismo, Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Agricultura Familiar, Luciene Dias Figueiredo. A operação Baixada Livre, iniciada na segunda-feira (19), começou derrubando as cercas postas por um grande latifundiário local que colocou mais de 2 quilômetros de cerca eletrificada na área e que, além disso, ameaçava constantemente os moradores da localidade.

As cercas eletrificadas impediam os moradores do quilombo São Caetano de terem acesso ao peixe para a sua alimentação. “Sempre tem gente tomando choque. A gente vive preso aqui, porque as cercas prejudicam até nosso acesso a outras comunidades”, afirmou uma moradora que preferiu não se identificar. Para o secretário-adjunto de Direitos Humanos e Participação Popular, Jonatas Galvão, é dever do Estado fiscalizar e desfazer qual edificação que venha a prejudicar as pessoas e colocar em risco as suas vidas.

“A Operação Baixada Livre, ao garantir o acesso aos recursos naturais, traz de volta a dignidade das pessoas que moram na região e que em razão das cercas eram prejudicadas em todos os seus direitos”. A Operação Baixada Livre que ocorre no município de Matinha é uma ação de Estado, com a participação das Secretarias de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Participação Popular, Igualdade Racial, Agricultura Familiar, Iterma, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental e apoio da Cemar. Ascom/SEDIHPOP.

Folha de SJB

Após sofrer injúria racial, jovem de Matinha recebe apoio de órgãos e do deputado Werverton Rocha

Maria Freitas e o deputado Werverton Rocha

A militante política Maria Freitas, jovem ativista do município de Matinha, recebeu diversas manifestações de apoio pelas redes sociais. Na semana passada, ela teria sofrido injúria racial após uma discussão no facebook e o caso foi parar na justiça. Órgãos como fóruns, secretarias e amigos se solidarizaram.

O episódio começou quando a jovem Maria Freitas foi desafiada a responder sobre sua atuação como militante, especialmente com as políticas públicas de juventude em Matinha. Ao responder os questionamento, ela utilizou a mesma ferramenta para perguntar aos amigos sobre suas ações, o que a levou a ter muitos comentários.

Minutos após, um suposto comentário de uma internauta, também de Matinha e identificada como Leidelaura Amaral foi interpretado como se fosse para ela e continha conteúdos de injúria racial e foi apagado minutos após o caso repercutir. A acusada negou que tenha feito tal comentário e se justificou em sua página pessoal. Repudiando, diversas organizações da juventude e secretarias municipais se manifestaram.

Entre os que lançaram nota contra o preconceito estão o Fórum de Juventude da Baixada, Labex/Uema, Fórum da Juventude de Matinha, Secretaria de Juventude de Matinha, Secretaria de Assistência Social e de Políticas Públicas para as Mulheres e outros. O caso ganhou repercussão estadual e o deputado Werverton Rocha também postou uma foto em homenagem à Maria Freitas.

Na frase que o deputado e pré-candidato a senador postou diz: Maria Freitas, companheira de lutas. O parlamentar é filiado ao PDT, mesmo partido da jovem, e escolhido pelo governador Flávio Dino para ser o candidato do governo ao Senado Federal. Maria Freitas é uma histórica militante da juventude na Baixada Maranhense, homossexual e ativista do movimento LGBT, Político e de Juventude em Matinha.

O Blog do Jailson Mendes fica a disposição da acusada Leidelaura Amaral para, se quiser, se manifestar a respeito das acusações.

Folha de SJB

Operação Baixada Livre retira cercas ilegais de área de proteção ambiental em Matinha. Vejam as fotos

Com o propósito de garantir o acesso à terra e recursos naturais, como água e pescado, para as comunidades e povos tradicionais da baixada maranhense, o Governo do Maranhão iniciou hoje (19) a Operação Baixada Livre no município de Matinha. A operação consiste em retirar cercas ilegais da Área de Proteção Ambiental (APA). Esses cercados restringem o deslocamento das populações pela região. Em fiscalizações anteriores observou-se que muitas destas cercas são eletrificadas, gerando risco à vida dos moradores e foi deflagrada após uma manifestação de quilombolas e quebradeiras de coco do município, que ocuparam o Iterma, na semana passada.

“A retirada das cercas é importante para desobstruir os caminhos, trazer de volta a dignidade das pessoas que moram na região e que em razão das cercas colocadas de forma ilegal e em área de preservação ambiental acabam por serem prejudicadas em todos os seus direitos. É dever do Estado fiscalizar e desfazer qual edificação que venha prejudicar as pessoas e colocar risco as suas vidas”, falou o secretário adjunto de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Jonata Galvão, que acompanha a operação.

Dando início a operação, foi retirado 2 quilômetros de cerca eletrificada que punha em risco a vida dos moradores locais. No local, também foi encontrado trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo. “Sempre tem gente tomando choque. A gente vive preso. As cercas prejudicam até nosso acesso a outras comunidades”, afirmou uma moradora que preferiu não se identificar. A secretária adjunta de Extrativismo, Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Agricultura Familiar, Luciene Dias Figueiredo, que também acompanha a Operação Baixada Livre, garante que a retirada das cercas de campos alagados devolve às famílias locais o direito de retirar da terra o sustento. “As cercas estão impedidas dos moradores pescarem nos campos, de extraírem o babaçu, estão impedindo de terem qualquer área de plantio, isso é, de terem a liberdade de utilizarem a terra onde residem. A retirada das cercas é dar o direito de ir a vir a todos que residem no território”, concluiu.

A ação continuará nos próximos dias. Participam da operação integrantes das secretarias de estado de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Participação Popular, Agricultura Familiar e Igualdade Racial; Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Batalhão de Policiamento Ambiental, com o apoio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar).

Durante a operação o responsável pela a instalação de cercas eletrificadas, Vanderlei Gomes da Silva, foi conduzido à delegacia de Matinha para lavrar boletim de ocorrência pelo crime de ambiental e risco à vida de outras pessoas. Após registro, Vanderlei Gomes da Silva foi liberado. Fonte: Ascom Governo do Estado.

Foto: Rodeilson

Folha de SJB

Iniciam inscrições para contratação imediata de 50 professores em Matinha. Saiba onde se inscrever

A Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da Secretaria de Educação, abriu hoje, 19 de março, as inscrições para o preenchimento de 130 professores para atuarem na Rede Municipal de Ensino. O processo seletivo é para a contratação imediata de 50 professores e 80 para cadastros de reservas, nas modalidades Educação Infantil (10), Ensino Fundamental (30) e Educação de Jovens e Adultos (10) para as vagas imediatas.

Conforme o edital, o salário será de 954 reais. As vagas serão destinadas para professores da sede e da zona rural e as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado, iniciadas hoje, serão realizadas das 8h às 12h nos dias 19 e 20 março, juntamente com a entrega dos títulos, na Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMECTI.

Os candidatos classificados serão contratados pela Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da SEMECTI, por prazo determinado de 10 (dez) meses, em regime de 20 horas de trabalho semanais. A lotação do professor contratado será efetuada em conformidade com as necessidades das escolas da rede municipal de ensino, identificadas pela Secretaria Municipal de Educação e o seletivo constará de Avaliação Curricular de Títulos e Experiência Profissional em Docência.

A Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMECTI, fica localizada na Rua Júlio César de Berredo, 1.969, no centro de Matinha. A análise dos documentos apresentados, ocorrerá no período de 21 a 23 de março de 2018, e será de responsabilidade de uma Comissão de Avaliação, designada pelo Poder Executivo. A Divulgação do resultado do Seletivo Simplificado para Contratação Temporária de Professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos do município de Matinha, será por meio de fixação no mural da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação e no site do município www.matinha.ma.gov.br/portaldatransparencia, no dia 26 de março de 2018.

Confiram o edital, clicando neste link a1677cfe0cb56cac1bc335785f410a94

Folha de SJB

Inscrições para seletivo com 130 vagas para professores de Matinha iniciam na próxima segunda. Vejam aqui o edital

A Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da Secretaria de Educação, torna público a realização de processo seletivo para a educação do município num total de 130 vagas, sendo 50 para contratação imediata e 80 para cadastros de reservas, nas modalidades Educação Infantil (10), Ensino Fundamental (30) e Educação de Jovens e Adultos (10) para as vagas imediatas.

Conforme o edital, confiram abaixo da matéria, o salário será de 954 reais. As vagas serão destinadas para professores da sede e da zona rual. As inscrições para o Processo Seletivo Simplificado serão realizadas das 8h às 12h nos dias 19 e 20 março, juntamente com a entrega dos títulos, na Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMECTI.

As pessoas com deficiência, que pretendam fazer uso das prerrogativas previstas no inciso VIII, do Artigo 37, da Constituição Federal e no disposto no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, com a redação alterada pelo Decreto nº. 5.296/2004 e Lei 13.146, de 06 de julho de 2015, ficam reservadas 5% (cinco por cento) das vagas existentes, certificando-se, para tanto, que atendem às exigências necessárias para o desempenho das atividades relativas ao contrato.

Os candidatos classificados serão contratados pela Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da SEMECTI, por prazo determinado de 10 (dez) meses, em regime de 20 horas de trabalho semanais. A lotação do professor contratado será efetuada em conformidade com as necessidades das escolas da rede municipal de ensino, identificadas pela Secretaria Municipal de Educação e o seletivo constará de Avaliação Curricular de Títulos e Experiência Profissional em Docência.

Confiram o edital, clicando no link a1677cfe0cb56cac1bc335785f410a94

Folha de SJB

Vídeo produzido ano passado vaza e expõe secretária de educação de Matinha

Um vídeo produzido ano passado por amigos da secretária de educação da cidade de Matinha, Zilda Cantanhede, tem sido expostos em alguns blogs da Baixada Maranhense. No vídeo, a titular da Semed aparece numa confraternização com amigos e familiares, em um momento íntimo e descontraído.

Vazado por opositores da prefeita Linielda de Eldo, numa tentativa de atingir a gestão, o vídeo foi compartilhado e é objeto de matérias que falam sobre uma escola do município de Matinha. Os problemas estruturais são muitos e antigos. A denúncia traz fotos da Unidade Escolar João Francisco Gomes, localizada na comunidade de Itans.

A situação da escola continua até hoje, mas o processo licitatório está sendo feito e assim, obedecendo os trâmites legais para iniciar a reforma da escola que deverá ser já nesta semana. Cabe ressaltar, que no povoado Itans, bem como em muitos povoados e sede, há diversas obras financiadas pelo FNDE, consta nos status do SIMEC como paralisadas e inacabadas, inclusive em Itans tem uma quadra poliesportiva e uma escola.

De fato a administração da gestora não está a mil maravilhas, pois é inviável que em um ano se recupere 62 escolas. Todas em situações desumanas. Mas, e em meio a tanta crise financeira nacional, a prefeita Linielda de Eldo Jorge vem fazendo o possível …

Algumas ações precisam ser intensificadas e já deu tempo de contabilizar os prejuízos e processar os que fizeram de Matinha um caos administrativo, mas usar fotos e vídeos que fazem quase um ano que foram tiradas, é desespero da Oposição e uma tentativa clara de expor a secretária de Educação sem olhar o passado.

Inclusive, Zilda Cantanhede, já acionou a justiça para processar todos os que compartilharam o vídeo, pois não autorizou uso de sua imagem, nem de sua família, ( o irmão fala no vídeo), nem dos seus amigos, principalmente de uma criança de 03 anos, filha de uma amiga. É aguardar para ver…

Em tempo

As fotos foram tiradas ontem durante uma reunião com a comunidade escolar.

Folha de SJB

Tendo Edmar Cutrim como relator, prestações de contas de Beto Pixuta é aprovada pelo TCE

Resultado de imagem para EDMAR CUTRIM E BETO PIXUTA
Beto Pixuta e Edmar Cutrim

O ex-prefeito de Matinha, Beto Pixuta, teve uma vitória no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. No último dia de janeiro deste ano, os conselheiros do tribunal decidiram aprovar as contas do ex-gestor referente ao ano de 2013.

De acordo com o processo, que teve Edmar Cutrim como relator, Beto Pixuta teve suas contas julgadas aprovadas, com ressalvas, mas sem nenhuma dívida. Elas são referentes à Prestação de Contas Anual do ex-prefeito de Matinha, durante o exercício do mandato de 2013.

Beto Pixuta tem obtido algumas vitórias no Tribunal de Contas do Estado, mas tem enfrentado diversas decisões desfavoráveis a ele no Tribunal de Justiça e na Comarca de Matinha.

Nas próximas eleições, o ex-prefeito fechou questão e deve apoiar os filhos de Edmar Cutrim, o ex-prefeito Gil Cutrim e Glalbert Cutrim, que disputará a reeleição.

Na mesma sessão, o TCE julgou as contas do ex-prefeito Dr. Emano Travassos como aprovadas. O pleno fez o julgamento com ressalvas, mas sem dívidas.

Folha de SJB

Artigo: Encosta no Zé Paga, ou na ida ou na vinda

Vindo da Santa Maria/ encostei lá no Zé Paga/ jamais se apaga/ a minha recordação/ amarro o burro na argola/sento no mocho/encostado no balcão.(duas vezes) Santa Maria/ou pra Olinda/ tem que encostar/ no Zé Paga/ ou na ida ou na vinda. (refrão). Mais fina do que abade/ a saudade vai trazendo/muita lembrança/até parece que tô vendo/a faca de picar fumo/balança velha/com o prato zinabrado/cashimi na prateleira/e o saci na geladeira/pra espantar o mau olhado. (refrão) Santa Maria…Bola de açúcar mascavo/pego a dose de costume/alguém pede querosene/e meia caixa de “frosque”/cinco centavos/de pomada sem perfume. (refrão) Santa Maria…Fura logo esse paneiro/experimenta e me diz/se a farinha for da boa/compro logo meio alqueire/pra mandar pra São Luís. (refrão) Santa Maria… Peso de papel de embrulho/é uma pedra de trovão/amor que só faz barulho/é peso pro coração. (refrão) Santa Maria…

Esta é a mais nova canção do artista matinhense, membro da AMCAL – Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras, e meu amigo de infância Kleber Brito. A quem chamo carinhosamente, Kebinha.  Como não poderia deixar de ser, uma belíssima peça, uma obra de arte, capaz de em suas estrofes, nos transportar ao passado, que nem ele, nem qualquer um dos nossos contemporâneos esquece.São lembranças que teimam permanecer incólumes em nossa memória apesar do tempo e da distância. Neste texto tentarei analisar, fazer uma crítica a mais esta ode à nossa terra, suas coisas, suas gentes, que nosso poeta sempre traz.

Talvez a emoção, o carinho, admiração ao menestrel matinhense, tolham, ofusquem, minimizem, descaracterizem minhas ideias, tornando-me inapto a uma melhor, ou mais isenta análise, mesmo assim, tentarei. Primeiramente, vamos ver quem foi Zé Paga, esse personagem que o nosso bardo comedor de manga, magistralmente resgata. Era o dono de um “bode”, como chamávamos os pequenos comércios da beira de estrada. Essa quitanda, ficava bem na bifurcação dos povoados de Belas Águas, Olinda (na época pertencente a Matinha), Santa Vitória, entrada do Bom Jesus e Santa Maria dos Furtado. Portanto qualquer cidadão que fosse para uma dessas povoações, imperiosamente teria que passar e parar no comércio de Zé Paga.

Nosso vate possuía laços familiares na Santa Maria, Bom Jesus e  Olinda Nova, principalmente em Santa Maria, ali moraram seu, avô Luís Furtado, inúmeros parentes, além de  seu tio Eugenio Furtado, comerciante com fortíssima condição financeira, que transformara a pequena povoação onde residia e trabalhava, numa referência em nível de região. Seu “Ogenho”, como chamavam os moradores. Dotado de rara capacidade em comerciar, comprava e vendia de tudo, desde amêndoas de  coco babaçu, e  de  tucum, apetrechos para caça, pesca, roupas, milho, arroz para plantar, trigo, arame farpado,  patachos, enxadas, foices, material de construção, eletrodomésticos, etc. Sua loja, que era imensa, especialmente em se tratando de uma pequena localidade, cercada de campos inundáveis por quase todos os lados, mantinha uma movimentação intensa durante o ano todo, no verão por carros, e em maior quantidade burragens; no inverno por canoas, advindas de arraiais pertencentes a Matinha, São João Batista, São Vicente Ferrer e Viana.

A música começa numa recordação cara a muitos que hoje possuem mais de 50 anos, a ida e vinda a Santa Maria. O canto “Vindo da Santa Maria/encostei lá no Zé Paga/jamais se apaga a minha recordação/amarro o burro na argola/sento no mocho/encostado no balcão”. Pra Kebinha, era coisa comum, pois como já fora dito, a família da sua mãe, Maria Furtado Brito, “Dona”, a quem nós carinhosamente intitulávamos  “Dondona”, morava lá. Impagável essa reminiscência, montados num burro, com cofos de farinha, coco, tucum ou sacos de sal, de um lado e outro da cangalha, a gente no meio, garotos ainda, conduzidos de forma sacolejante, pelo andar, ou às vezes chouto dos animais.  A argola, era um aro de ferro forjado num fole, com uma espécie de chucho do tamanho de um palmo que o circundava, este era posteriormente cravado em uma coluna de tijolos ou esteio de pau d’arco, na entrada ou pórtico das residências, normalmente onde haviam grandes fluxos de pessoas, de sorte que os viajantes podiam amarrar as cordas dos cavalos ou burros nestas, conseguindo tranquilamente entrar nas casas ou comércios.

Alguns ainda permitiam, em baixo dessas argolas, nas calçadas, a instalação de manjedouras, ou cochos com água ou capim, para maior satisfação dos “semoventes tangidos” e seus proprietários. “Parece que tô vendo”, o mocho meio bamboleante ao suportar o peso de bêbados encostados no balcão de madeira já enegrecida pelo tempo. Mais fina do que abade/ a saudade vai trazendo/muita lembrança/até parece que tô vendo/a faca de picar fumo/balança velha/com o prato zinabrado/cashimi na prateleira/e o saci na geladeira/pra espantar o mau olhado. A segunda estrofe é belíssima, muito além da sua sensacional rima. Palavras não mais, ou de pouco uso atualmente, permeiam essa parte do canto, e borbulham, transbordam, extravasam saudosas recordações. Quem ainda conhece a “abade”? Deixou de ser vendida, assim como outras coisas no nosso atribulado dia a dia, e no sistemático, inexorável, porém questionável processo, denominado progresso.

Era bem fina, como frisa nosso poeta, servia para enovelar o fumo de molho picado, o “molheiro”.  Ao ser enrolada, era colada com a língua do fumante. “Até parece que tô vendo”, não só isso, meus olhos estão marejados, na minha memória despontam a faca de picar fumo, ponta fina de tanto amolar e do uso constante; a balança velha, e seu prato já tomado pelo zinabre; a lata de talco cashimi bouquet, famosíssimo pelo seu forte e gostoso odor, exposta na prateleira de madeira velha, geralmente paparaúba, devido sua  composição leve e facilidade em cortar, serrar ou pregar, bem como devido a grande quantidade dessa madeira na  região. Por último, Kebinha magistralmente fecha a estrofe, e as lembranças se tornam uma torrente impiedosa de lágrimas que teimam em cair, embaçando meus olhos e ações.

Quem pode esquecer aquela figura de mais ou menos trinta centímetros, uma perna só, todo preto, chapéu ou gorro na cabeça, cachimbo na boca, colocado em cima da geladeira a gás ou querosene? Sua função precípua e única? Evitar que pessoas de “olho gordo”, invejosas, pudessem interferir na vida financeira e pessoal, do possuidor do negócio. Não sei se resolvia, mas esse personagem era muito visto em quase todos os comércios naquela época. Bola de açúcar mascavo/pego a dose de costume/alguém pede querosene/e meia caixa de “frosque”/cinco centavos/de pomada sem perfume. A terceira parte dessa bela criação, composta com o coração, a alma, por esse artista a quem tenho o privilégio de chamar amigo e companheiro, pois fomos bancários juntos, continua emocionando. Cada vocábulo, cada frase, desemboca no sangradouro da nostalgia, irrompendo numa abissal vontade de voltar no tempo. O açúcar mascavo e a dose de costume, vinham de ali, bem pertinho, do engenho Belas Águas, de Leocádio Silva Costa, o Costinha. A dose de costume era quase uma religião, pra quem gostava da branquinha, a insigne cachaça Belas Águas, saída da indústria de cana   de Costinha. Pra quem não curtia a caninha, a pinga, a “marvada”, como eu, não importava, o engenho de Belas Águas, generosamente nos oferecia garapa e mel fresquinhos.

Lógico que Zé Paga vendia, e vendia bem querosene, afinal naqueles tempos sem energia elétrica, era esse “quorosene”, (como cognominava  a população, sem instrução formal, mas com uma imensa capacidade de inventar, moldar, formatar, igual Drummond, novas palavras), se utilizava para inúmeros fins, por exemplo encher suas lamparinas, de uso noturno, peças estas de flandres fabricadas por Juvêncio Capijuba. Para não perder o freguês, Zé Paga mercadejava tudo no retalho, desde fumo  molheiro, farias, meia caixa de “frosque”, cordas, anzóis, bacuris, pequis do quintal de Crispim, o melhor da região, meio quilo de sal, traíra seca, curimatá  e surubim salpreso, muçum de São Bento, um quarto de cachaça, meio litro de cinzano, meia caixa de “piula contra”, ou cinco centavos de pomada sem perfume.

Fura logo esse paneiro/experimenta e me diz/se a farinha for da boa/compro logo meio alqueire/pra mandar pra São Luís. A quarta parte é quase uma continuação. Como já foi dito acima, Zé Paga, tal qual outros pequenos comerciantes, negociava de tudo, vendendo, comprando, trocando. Mas haviam os mais procurados, a farinha d’água era essa favorita.  Os paneiros de farinha avolumavam-se no paiol do seu comercio, ou próximo da balança decimal, prontos para serem vendidos, a grosso ou a  varejo. Um paneiro ou um alqueire, equivalia a 30 ou 32 quilos de farinha, acondicionados em um cofo especialmente confeccionado para esse fim, forrado com folhas de guarimã, amarrado com cipó de jabuti destripado. O serviço era tão bem feito, que o produto durava dias dentro daquele invólucro, sem perder o sabor. Usava-se normalmente um furador de ferro para poder apreciar “se a farinha era da boa”.

“Compro logo meio alqueire/pra mandar pra São Luís”. Todo pai ou mãe que enviava seu filho pra “cidade, para estudar, necessariamente começava (no dizer de papai), a ter um novo padroeiro, passava a ser devoto de um novo santo. Agora tudo que ele juntava, com seus parcos recursos, e endereçava   a estes, mudava de destinatário, ia genericamente pra “São Luís”.  Perdia-se assim a referência do nome dos filhos ou filhas. Peso de papel de embrulho/é uma pedra de trovão/amor que só faz barulho/é peso pro coração. Derradeira estrofe, a emoção move os versos na apoteose da canção, trazendo ainda elementos hoje distantes do nosso dia a dia. Papel de embrulho, eram folhas duplas de papel, que cortadas ao meio, serviam para como o nome informa, embrulhar produtos a serem vendidos. Como eram folhas soltas, precisavam ser contidas, para não ficarem dispersas ao vento, aí entrava a “pedra de trovão”, aquele pedaço de seixo duríssimo, sem uma origem definida, pesando entre ½ a um quilograma, encontrado às margens das estradas fundas, contiguo a olhos d’agua, colocados sobre elas.

Faz muito barulho esse amor Kebinha, atua direto na alma de quem teve o privilégio de viver aqueles tempos que teimam em subsistir, vívidos na nossa memória. Tua música, poesia, sensibilidade, teu senso de percepção, têm a capacidade de deixar permanentemente em nós, o peso da saudade, mas também carregam, ofertam uma leveza imensa ao coração. Além da certeza de que no passado, morava a felicidade.

João Carlos Leite, membro da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras

Quebradeiras de coco e quilombolas de Matinha são recebidas por representantes do Governo e denunciam crime ambiental na Baixada

Na manhã desta terça-feira, 6, no auditório do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), o Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e lideranças quilombolas apresentaram ao Governo do Estado denúncias sobre crimes ambientais e solicitaram aceleração da regularização fundiária no território de SesMaria Bom Jardim, município de Matinha. As quebradeiras de coco, em razão disso, reivindicam do governo do Maranhão a conclusão do processo de regularização fundiária da área, o combate aos crimes ambientais, sobretudo às cercas nos campos naturais, e a apuração das denúncias de violência contra os moradores da Sesmaria, já registradas em BO.

Durante a reunião estiveram presentes lideranças quilombolas, quebradeiras de coco, secretarias de Direitos Humanos e Participação Popular, Igualdade Racial, Agricultura Familiar, Meio Ambiente, Iterma e Defensoria Pública. Após ouvir as denúncias, o Iterma informou que divulgará, em até dois dias, o cronograma de execução do processo de regularização fundiária do Território, se comprometendo em atuar na garantia do cumprimento da legislação amviental; a Secretaria de Segurança Pública designou o delegado agrário para ir ao local e apurar as denúncias, já registradas em BO, e a Secretaria de Meio Ambiente, em até dez dias, fará a fiscalização ambiental e a retirada das cercas ilegais, conforme legislação em vigor.

“No ano passado a SEMA realizou mais de 27 notificações e operações do que diz respeito a notificação, termos de embargo, autos de infração e demais termos próprios no sentido de combater a ocupação ilegal das terras e também no que diz respeito a crimes ambientais identificados nestas áreas. Desta vez, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente irá juntamente com as demais secretarias, Sedihpop, Segurança Pública, Igualdade Racial, enfim, realizar uma operação de fiscalização conjunta a fim de pôr um fim a essas cercas ilegais”, afirma Guilherme Braga, secretário adjunto de Desenvolvimento Sustentável da Sema.

O cercamento dos campos de forma ilegal é um problema social que atinge há décadas o modo de vida e subsistência das comunidades tradicionais existentes na baixada maranhense. Com os campos cercados, não é possível o livre trânsito e acesso à água, à pesca, às reservas extrativistas e outras atividades econômicas. As cercas também apresentam grave risco de morte, uma vez que muitas delas são eletrificadas. Deste modo, desde de 2015 o Governo do Estado estuda soluções viáveis no que diz respeito à retirada das cercas de forma a preservar o modo de vida e produção das comunidades tradicionais. Para o Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, passos importantes para a solução deste conflito foram encaminhados na reunião de hoje.

“Há décadas as populações tradicionais da baixada maranhense convivem com o grave problema social gerado em torno do cercamento ilegal dos campos da baixada maranhense. Esta situação, além de uma grave violação de direitos humanos, resulta no empobrecimento da população local que vive essencialmente do extrativismo e da pesca. As medidas adotadas pelo Governo a partir de 2015 apontam para a solução do problema pela via da regularização fundiária e das fiscalizações ambientais, onde não se permite que crimes desta natureza sejam cometidos e se perpetuem ao longo da história do nosso Estado.”

“No que diz respeito à regularização fundiária, existe hoje um processo no ITERMA de regularização fundiária da área em questão, em Matinha. Os passos dados neste processo hoje combinam celeridade processual com segurança jurídica. Por conta disso o ITERMA divulgará passo a passo para que os movimentos socais, MP, DP, possam acompanhar o processo de regularização da área”, esclarece o presidente do Iterma, Raimundo Lídio.

O presidente também se comprometeu em encaminhar com celeridade a minuta da instrução normativa do Decreto 32.433 de 2016 à Secretaria de Agricultura Familiar -SAF, responsável pela regulamentação do procedimento administrativo para a delimitação, a demarcação e a titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas.

Folha de SJB

Moradores dos municípios de Penalva e Matinha aparecem em especial da Rede Globo. Vejam os vídeos

Atendendo ao pedido da Rede Globo, milhares de internautas de todo o país enviaram vídeos para o projeto “O Brasil que eu quero”. Segundo a emissora, o objetivo é abrir espaço para o cidadão apresentar suas ideias a respeito do futuro que ele deseja para a nação.

Em ano de eleições gerais, muitos aproveitaram para registrar sua indignação com os problemas atuais, incluindo o descaso com o dinheiro o público, obras inacabadas e falsas promessas.

De acordo com a Globo, um representante de cada cidade foi escolhido para ter seu material exibido nos telejornais. Desde o último domingo (04), já foram ao ar cerca de 30 gravações de diferentes cidades do país.

Da Baixada Maranhense, duas cidades já tiveram participações com dois moradores. Os vídeos mostram os moradores dos municípios de Penalva e Matinha. Eles foram exibidos em rede nacional, nos jornais da emissora. Vejam…

https://www.youtube.com/watch?v=zbBL3Ic1Boo

https://www.youtube.com/watch?v=m3J-C6LEVeA

Folha de SJB

Quilombolas e quebradeiras de coco de Matinha ocupam a sede do Iterma e exigem retiradas de cercas da Baixada

A falta de regularização do território, a não retirada das cercas elétricas dos campos e babaçuais e invasão de búfalos nos campos, principalmente da Baixada Maranhense, levaram quilombolas e quebradeiras de coco babaçu a ocuparem o Instituto de Terras do Maranhão (Interna). O processo de reconhecimento dos territórios Sesmaria dos Jardins, no município de Matinha, distante 240 km de São Luís. A área reúne 11 comunidades e mais de 150 famílias remanescentes quilombolas.

Ontem (05/03), em mais uma ida ao Iterma sem respostas a respeito do processo de atualização sobre o trâmite processual, com início em 2007, a decisão foi pela ocupação do Iterma. A ação é liderada pelo Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). O grupo de povos e comunidades tradicionais discorda que questões essenciais para o território, e que impactam negativamente na vida das dezenas de famílias envolvidas na regularização fundiária, sejam tratadas “de forma fatiadas pelo Estado”, conforme enfatizou dona Maria do Rosário Costa Ferreira, coordenadora regional do MIQCB. Ela refere-se à questão das cercas elétricas, que duplicaram na Baixada Maranhense com a demora na definição e reconhecimento do território Sesmaria como Quilombola.

“As cercas elétricas estão cada vez mais presentes em nossas vidas, nos impedindo de coletar o coco babaçu, de pescar e de nos deslocar com segurança. Representam um risco para as nossas vidas”, denunciou. “E o Iterma informa que a competência não é do Instituto?! É sim, pois, não podem tratar essas questões de maneira separada, tudo está dentro do território”, afirmou.  Uma reunião, exigida pelas quebradeiras de coco babaçu e quilombolas foi organizada com as Secretarias de Direitos Humanos, Meio Ambiente e Segurança Pública agendada para esta manhã de terça-feira (dia 06) no ITERMA.

“Queremos a regularização do território, a retirada das cercas e a retirada dos intrusos que é o que impede de juntar o babaçu, ir ao campo para fazer a roça, ou seja, nos impedem de trabalhar. Queremos uma decisão sobre isso”, afirmou Rosenilde Gregório, coordenadora regional do MIQCB. Pelos trâmites processuais do Iterma, a próxima etapa do processo de regularização do território Sesmaria deverá durar no mínimo 90 dias (prazo para publicação de editais) para continuar no moroso curso do reconhecimento como terra quilombola. Vale ressaltar que este é o segundo processo, pois, o primeiro documento público e oficial foi perdido dentro do próprio Instituto.

Operação Baixada Livre parada

A Baixada Maranhense deveria ser alvo da Operação Baixada Livre do Governo do Estado iniciada na segunda quinzena de setembro do ano passado. No entanto, até o momento, apenas uma atividade de retirada das cercas foi realizada. A situação é cada vez mais grave na região, pois, os povos e comunidades tradicionais estão impedidos de acessarem os recursos naturais como nos campos e nos babaçuais e convivem com o perigo dos choques elétricos podendo levar a óbito.

Conflito

Constantemente fazendeiros soltam os búfalos em suas áreas.  Acontece que os búfalos soltos comprometem o trabalho de anos e anos das quebradeiras de coco, dos quilombolas e dos pescadores da região.  “Queremos e sabemos viver em paz, estamos cientes dos nossos direitos e a resistência é a nossa esperança de dias melhores”, disse dona Maria do Rosário Costa Ferreira. Há 57 anos ela vive no território quilombola Sesmaria do Jardim, na comunidade Bom Jesus. Ao longo do tempo viu as cercas limitarem o território de 1.630 hectares de babaçuais e cerca de 600 hectares de área alagada. Atualmente,  cerca de 230 famílias conseguem ter acesso a menos de 30% desse território. Fonte: MIQCB.

Folha de SJB

Governo do Estado inicia implantação de arranjos produtivos nos 17 Diques de Produção em municípios da Baixada

Conhecida como “Pantanal Maranhense”, a região da Baixada Maranhense apresenta uma das paisagens mais belas do estado formadas pelo conjunto de rios e lagos que a tornam única no Nordeste. No período chuvoso, quando os campos ficam cheios, os produtores comemoram a fartura na mesa e na geração de renda que o período proporciona. Porém, a realidade muda completamente durante a estiagem, quando os campos secam deixando rastro de pobreza.

Produzir alimentos, criar animais e praticar a pesca artesanal ficam difíceis quando os campos secam na Baixada. Este cenário de pobreza e desesperança na Baixada é que o Governo do Estado vem mudando nos últimos meses com a implantação do Programa Diques da Produção, que até o momento, já está presente em 16 municípios com 17 obras já finalizadas. O projeto prevê a construção de canais com o objetivo de armazenar água e garantir que a água dos campos fique armazenada e abasteça a produção dos agricultores.

Além da construção do canal, serão implantados projetos produtivos com cultivos de açaí, banana ou caju, culturas temporárias, e também, criação de peixes nativos da região. A construção dos canais está sendo executado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e o acompanhamento aos agricultores com serviços de assistência técnica para instalação de arranjos produtivos é desempenhado pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp). “O Programa é um marco de desenvolvimento na Baixada Maranhense. Essa intervenção do Governo do Estado alia política de produção e renda ao viés de preservação ambiental”, ressaltou o presidente da Agerp, Júlio Mendonça.

Ao todo, são 35 municípios beneficiados com o Diques da Produção, desses, 17 já estão concluídas as obras de construção de canais e já estão iniciando os projetos produtivos, como no município de Mirinzal. Moradores do Povoado quilombola Estiva dos Mafras, comemoram a construção de dois canais de 500m cada um e já estão cultivando milho. O projeto irá beneficiar cerca de 50 famílias da comunidade que têm a agricultura como fonte de renda. A agricultora Joana de Fátima, presidente da Associação dos Produtores, destacou que a comunidade ansiava há muitos anos a construção de um canal. “Este projeto foi uma riqueza muito grande e nós agradecemos ao nosso governador Flávio Dino por nos dar essa bênção e iremos batalhar para o sustento do nosso povo”, disse.

Na cidade de Bequimão, o Programa Diques da Produção está beneficiando produtores do Povoado Jacioca, onde foi construído um canal de 1.200m. Para o presidente da Associação dos Moradores, Emerson Pereira, as expectativas são grandes para o início dos arranjos produtivos no canal. “Muito importante o projeto que vai beneficiar dezenas de famílias da comunidade e todos estão satisfeitos com a conclusão da primeira etapa de escavação e, agora, vamos começar a segunda etapa com o plantio das mudas,” concluiu Emerson.

Na comunidade quilombola Malhada dos Pretos, em Peri Mirim, os beneficiários estão confiantes com o Programa. O agricultor José Luís Pereira relatou que os pequenos agricultores terão como criar peixes nativos nos canais e frutíferas que irão fomentar a renda das famílias. “Esses Diques tem uma importância muito grande, pois vai nos levar a um futuro melhor. Toda uma equipe está nos acompanhando e agradecemos ao governador por esse projeto,” pontuou o agricultor.

Diques da produção

Os ‘Diques da Produção’ têm o objetivo de garantir a contenção de água e o combate da salinização dos campos naturais inundáveis e implantar grandes canais que permitirão armazenar água para desenvolver projetos. Os 16 municípios já com obras concluídas e estão na fase de implantação de projetos produtivos são: Pinheiro, Bacurituba, Arari, Olinda Nova, São Vicente Ferrer, Cajapió, Penalva, Bequimão, Santa Rita, São João Batista, Viana, Anajatuba, Mirinzal, Palmeirândia, Peri Mirim e Matinha.

Folha de SJB

Em Matinha, senador Roberto Rocha entrega caminhão e equipamentos no povoado Itans

O senador Roberto Rocha esteve no povoado Itans, zona rural de Matinha, onde cumpriu agenda de entrega de equipamentos para a comunidade pesqueira. O povoado é um dos que mais se destacam em produção e comercialização de peixes no Maranhão e vem mudando a vida dos pescadores.

De acordo com as informações, Roberto Rocha fez a entrega de um caminhão para os pescadores, além de barracas de feira, barcos de pescas e outros equipamentos para os moradores da região. A entrega foi acompanhada por líderes religiosos e políticos, vereadores e pescadores.

Em sua página de relacionamento pessoal, na internet, o senador falou sobre a entrega. “A nossa agenda deste fim de semana começou hoje logo cedo, em Matinhade onde seguimos até o povoado de Itans, a 16 km da cidade, bem no coração da Baixada Maranhense. Em Itans, entregamos, via Codevasf, um caminhão Ford F4000, 0 Km, além de outros equipamentos”, disse.

Ele finalizou dizendo que os materiais irão ajudar para que se fortaleça a maior fonte de renda da região. “Esses instrumentos irão ajudar a dinamizar o trabalho de lideranças rurais que, em sua maioria, são formadas por pequenos piscicultores, que fazem da pesca a maior fonte de renda da região”, disse.

Folha de SJB

Em fevereiro, prefeito de Viana recebeu mais de 10 milhões. Vejam os números de S. J. Batista, Matinha, Penalva, Olinda, S. V. Ferrer, Cajapió e São Bento

Apesar da reclamação geral de prefeitos de que há queda e até falta de verbas para honrar compromissos com a administração pública, os 217 municípios do Maranhão estão com repasses em dias e este mês de fevereiro ultrapassou os repasses que geralmente as prefeituras recebem.

Só nos primeiros dois meses do ano, algumas cidades que o Blog do Jailson Mendes cobre receberam mais de 15 milhões de reais e mesmo assim, estes municípios estão sendo vítimas de denúncias e cobranças por parte dos moradores.

Entre as 8 cidades que o blog cobre, São Bento, Viana e Penalva estão entre os que receberam entre 9 e 12 milhões de reais entre os dias primeiro de janeiro e vinte de fevereiro deste ano.

Só o prefeito de Viana, Magrado Barros, recebeu mais de 10 milhões em fevereiro, superando todos outros municípios que o blog cobre. O levantamento foi feito com base em dados fornecidos pelo Portal da Transparência do Governo Federal e pelos demonstrativos do Banco do Brasil.

Cabe ressaltar que estes valores não estão incluídos as retenções para pagamento de débitos que as prefeituras estão devendo para previdências e outras empresas. A cidade que mais recebeu dinheiro entre esse período é a cidade de Viana, administrada pelo prefeito Magrado Barros.

Vejam os valores brutos

Penalva 9.023.292,00 

Viana 10.879.493,02 

São Bento  7.924.669,28 

São João Batista 5.385.243,25 

São Vicente  4.692.472,93 

Matinha 5.539.428,93 

Olinda 3.930.270,53 

Cajapió 2.782.371,70 

Folha de SJB

Em Matinha, vereador Lilico toma posse na Secretaria Municipal de Saúde

O vereador Lilico (PC do B) tomou posse na Secretaria Municipal de Saúde de Matinha, substituindo a ex-secretária Joana Batista, que estava a frente da pasta desde janeiro de 2017. A solenidade de posse foi realizada ontem, com a presença da prefeita Linielda de Eldo e de vários secretários municipais.

O Blog do Jailson Mendes apurou que a mudança já vinha sendo discutida e foi de forma amistosa. A já ex-secretária continua na pasta e deve ajudar Lilico na nova função. José Orlando, que é o secretário-adjunto, continuará no cargo e deve, também, auxiliar o novo secretário.

Com isso, abre espaço para o policial militar Carlos Cesar, que assumirá a vaga na Câmara de Vereadores. Aos 36 anos, Lilico está em seu primeiro mandado pelo partido do governador e atualmente é também estudante de Direito.

Em conversa com o blog, ele informou que apesar de todas as dificuldades, o grupo continua unido e trabalhando para o bem do povo matinhense. “A minha função será de ampliar todas as ações de saúde que a prefeita vem fazendo até agora pelo povo de Matinha e a nossa visão é de fortalecer as políticas públicas de saúde, iniciadas pela Maria Joana e pela prefeita Linielda”, disse.

Folha de SJB

Caravana Cultura Viva leva palestras e cursos de capacitação para incentivadores culturais de Matinha

Uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Matinha, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e do Governo do Estado, levou a Caravana Cultura Viva para diversos incentivadores da cultura do município, na Baixada Maranhense. O evento foi organizado pelo secretário Gerlan Alves e teve a participação de diversas pessoas da área cultura da cidade de Matinha.

A ação leva cursos de capacitação e palestras para gestores municipais de diversas cidades maranhenses como parte do desenvolvimento da política nacional do programa Cultura Viva do Ministério da Cultura e visa facilitar a autodeclaração dos pontos de cultura e democratizar o acesso à plataforma online Rede Cultura Viva, que pode ser acessada pelo site www.culturaviva.gov.br, do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e da Diversidade (SCDC).

Em Matinha, as ações foram realizadas hoje, 27 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos e contou com a participação de grupos culturais divididos em seguimentos como artistas plásticos, tambor de crioula, tambor de mina, bumba boi, farra de caixa e outros. De acordo com o secretário Gerlan Alves, o objetivo do programa é que após o cadastro na plataforma online, o MinC analisa todas as autodeclarações para saber se as entidades cadastradas possuem os requisitos para passar a serem considerados Pontos de Cultura.

“O ponto forte do programa é a orientação e acompanhamentos de grupos e entidades como indígenas, quilombolas, matriz africana, economia solidária, entre outros segmentos, tendo alguns existentes aqui em Matinha, e que realizam atividades culturais e que desejam, por fim, transformarem-se em novos Pontos de Cultura via cadastro na plataforma da Rede Cultura Viva”, disse o secretário.

Os Pontos de Cultura são coletivos de natureza cultural que desenvolvem atividades culturais voltadas para as comunidades, reconhecidos e certificados pelo MinC por meio dos instrumentos da Política Nacional da Cultura Viva. O certificado assegura uma chancela pelo MinC, possibilitando parcerias tanto com órgãos públicos quanto privados, além de contribuir na participação de editais públicos do governo do federal, estadual e municipal.

A equipe da Caravana Cultura Viva, já esteve durante o ano passando mobilizando e realizando o processo de conscientização sobre a autodeclaração nos municípios do Maranhão. Caravana Cultura Viva, também está treinando e capacitando gestores municipais para que possam continuar o trabalho por tempo indeterminados, e assim, ficarem responsáveis por esse processo de divulgação e mobilização em suas respectivas cidades.

Folha de SJB

Em Matinha, moradores do povoado Coroatá se unem para recuperar estrada

Os moradores do povoado Coroatá, em Matinha, se uniram para recuperar alguns trechos da estrada que liga o povoado à sede do município.

De acordo com as informações chegadas ao Blog do Jailson Mendes, o acesso está totalmente danificado e não recebeu, até agora, nenhuma atenção por parte do Poder Público.

A recuperação foi realizada esta semana e chamou a atenção dos demais moradores. Outros acessos de povoados também precisam de recuperação imediata no município de Matinha.

O blog enviou as fotos ao secretário de Obras e Infraestrutura do município, Eldo Jorge, para saber quais providências serão tomadas com relações a estas estradas.

Folha de SJB

Em Matinha, o ‘tempo fechou’ entre os principais líderes da Oposição e Situação

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Eldo Jorge e Beto Pixuta

Em Matinha, os palanques que resultaram na eleição de Linielda de Eldo ainda não se desarmaram. Nos dois últimos dias, a Oposição e Situação estão travando uma verdadeira guerra em redes sociais e parece que a eleição de 2016, onde a atual gestora ganhou por quase 5 mil votos de diferença, parece está longe de terminar.

Sem trégua, opositores ao Governo Municipal tentam desmoralizar a gestora e seus aliados. A disputa se acirrou depois que a prefeita Linielda foi dá uma entrevista à emissora local, onde esclareceu pontos sobre o caso de multisséries, objeto de protestos de moradores, que foram ao Ministério Público denunciar.

Opositores tem dito que a prefeita está querendo fechar escolas em povoados de Matinha, o que a levou a esclarecer o caso na rádio local. Após a entrevista, Beto Pixuta, ex-prefeito e principal líder da Oposição, e Eldo Jorge, esposo da prefeita e principal líder do Governo, foram para as redes sociais e começou a confusão.

No facebook, Eldo publicou: “Na rádio manga, fazendo o esclarecimento sobre o nosso município, dando show. Parabéns Prefeita Linielda de Eldo, parabéns companheira Zilda Cantanhede. Avante Matinha”. Logo em seguida, Beto Pixuta cutucou o secretário de Obras e Infraestrutura de Matinha, Eldo Jorge. “A vaidade do primeiro-damo é tamanha que ele mesmo terce elogios à prefeita. Falta de humildade. Mas por outro lado acho interessante, pois a prefeita não tem costume em se pronunciar. Sábado de carnaval ela deu show”, disse.

Mais adiante, Eldo Jorge sentenciou: “os sete crimes capitais: gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade. Confesso estou cometendo um crime: a vaidade. Como homem e esposo, pela esposa que tenho. Como cidadão e politico, vaidade pela prefeita que nos representa. Agora jamais poderemos sentir e ter representantes avarentos ( avareza ), pois faz mal e vai de encontro aos princípios da legalidade, impessoalidade, responsabilidade e transparência”.

Ele finalizou dizendo que “dizer que a nossa prefeita não sabe se expressar é sinal de desespero”. As discussões não terminaram. Em posts de amigos, Eldo Jorge e Beto Pixuta travam debate, inflados pelos seus aliados políticos e sob o olhar dos eleitores e internautas. Por um lado, Pixuta aponta erros da atual gestão e por outro, Eldo Jorge aponta o caos administrativo patrocinados pelo ex-prefeito e que Matinha estava até sem conveniar com o Governo do Estado.

Pelo visto, os palanques de 2016 estão longe de serem desarmados…

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Artigo: A bolachinha de Lauro, um patrimônio matinhense

João Carlos Costa

Dos inúmeros bens e talentos de Matinha, no âmbito cultural, artístico, literário, gastronômico e outros, um se destaca de forma unânime: a bolachinha de Lauro. Dez em cada dez matinhenses sentem prazer em degustar esse biscoito redondo, assado no forno com banha de porco, que já se tornou célebre para além das fronteiras da nossa terra. Meu irmão mais velho, filho do primeiro casamento de papai com Estefânia, uma moça do povoado de Santa Vitória, que faleceu de parto do seu terceiro filho, Lauro Costa Leite, está hoje com 71 anos.

Desde criança exerce essa atividade, começou o oficio na padaria de seu Miguel Brito, ao lado de Chengo e Patachita, dois renomados oficiais dessa milenar arte, depois foi trabalhar com Edson de Mundico Lima, o “seu Ed”. Quando Edson mudou-se para São Luís, Lauro resolveu assumir o negócio, e constituiu uma panificadora na sua própria residência. Padeiro de reconhecida competência e valor, desde bem pequeno. Eu o conheci, madrugada adentro, fabricando pães, não lembro de tê-lo visto em outra profissão. Aos finais de semana gostava de caçar, numa espécie de hobby. Quantas vezes chegava lá em casa com tatus, pacas, cutias, siriquaras, juritis, perdizes, nambus, carões, etc.. (Nessa época ainda não havia a pressão ecológica quanto ao hábito de caçar, que existe hoje).

Lauro era meu herói, eu o admirava e almejava ser como ele. Fazia tudo eximiamente, preparava pães, bolachas de febre, roscas, bolachinhas, caçava, pescava, mexia farinha, jogava futebol. Enfim, um artista, ao meu olhar fascinado de irmão mais novo, sem contar o fato de ser extremamente namorador. Oportuno se torna dizer, que meu irmão quando do segundo casamento de papai, tornou-se filho de Maria de Lola, nossa mãe, a quem amava e era amado com a mesma intensidade. Casou-se com Maria Francisca Soares Leite, a Maricota, tiveram quatro filhos.

Na década de noventa existiam apenas duas padarias na cidade: a padaria de Benedito de João Lima e a de Lauro. A “bolachinha de Lauro”, como ficou conhecida essa apetitosa guloseima de trigo, temperada com banha de porco, segundo ele, colocada primeiramente de modo casual, e depois fundamental na receita, tem um peculiar sabor, quando quebrada pelos dentes, faz um singular barulho, que atua diretamente às glândulas gustativas, possibilitando, produzindo, uma indizível, inesquecível sensação de prazer. Hoje a “bolachinha de Lauro” virou paixão de todos os matinhenses, já extrapolando as fronteiras da cidade e do Maranhão.

Qualquer evento, reunião, vernissage, ocorridos no município, necessariamente precisam tê-las para degustação durante os coffee breaks. Representantes da Igreja Presbiteriana Independente, quando em reuniões, ou presbitérios, sempre nos exigem a presença dessa iguaria. Todas as vezes que vou a Matinha, sou instado, cobrado, intimado a trazer essas notórias iguarias a pessoas da igreja ou do movimento político e sindical. Temos amigos em Belém, Rio de Janeiro, São Paulo, que fazem o mesmo pedido, além de matinhense que ali residem, e fazem questão de colocarem-nas em suas bagagens, para deleite próprio, bem como presentearem a parentes e conhecidos.

É comum vermos baixadeiros ou turistas, das cidades circunvizinhas a Matinha, que em viagem para São Luís, via MA 014, encostam na padaria, para adquirir os petiscos. Em suma a fama das “bolachinhas de Lauro” é inconteste, uma unanimidade que ultrapassa qualquer princípio, credo, tendência ou ala política, fator muito forte em nossa terra. Parte desta notoriedade deve-se a meu juízo, a Cláudio César, o seu segundo filho, falecido recentemente, que soube conduzir a fabricação das bolachas, de forma profissional, mais apurada, sintetizando e divulgando intensamente seu excelente conceito e tradição, de sorte que as “bolachinhas de Lauro” são hoje patrimônio dos matinhenses e orgulho de todos nós, seus familiares e amigos.

Texto de João Carlos da Silva Costa Leite é membro da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras (AMCAL), do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) e graduando em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).