O Ministério Público pediu a anulação de um julgamento que absolveu um homem que matou um pastor natural da cidade de Cajapió, com base em uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A informação foi anunciada nesta quinta-feira (8), durante o Bom Dia Brasil, telejornal da Rede Globo.
De acordo com a reportagem, a tese de que o assassino absolvido matou o pastor em legítima defesa da honra, já que o pastor morto foi acusado de ter um relacionamento amoroso com a mulher do réu, não é aceita pelo STF desde 2021. Para o Ministério Público, o uso da tese contribui para a cultura do machismo.
Como o blog divulgou, Saulo Pereira Nunes, acusado do homicídio do pastor natural de Cajapió Mackson da Silva Costa, em 2019, foi absolvido por maioria dos votos do Tribunal de Júri. Saulo era acusado de homicídio e ocultação de cadáver. O crime em questão ocorreu há três anos, e Saulo foi preso três dias após o ocorrido.
O corpo da vítima foi encontrado enterrado no quintal da casa de Saulo, em uma cova concretada com aproximadamente 1,60 metros de profundidade. De acordo com os detalhes revelados durante o processo, o acusado utilizou uma rede social para se passar pela esposa e marcar um encontro com a vítima, atraindo-a para a residência do casal, localizada no bairro Maiobão.
Foi nesse local que Saulo cometeu o assassinato do pastor, desferindo um único golpe de faca. Ao longo do julgamento, Saulo alegou ter cometido o crime motivado por ciúmes de sua esposa, suspeitando de um relacionamento entre ela e a vítima. Essa alegação, juntamente com a decisão dos jurados, levou à conclusão de que o réu não era culpado pelos crimes pelos quais foi acusado e, portanto, foi considerado inocente.
O pastor nasceu no povoado Pedreiras, em Cajapió, morava em São Luis, trabalhava no Detran e comandava uma igreja evangélica no bairro Santa Cruz. Ele era casado com Jaqueline Costa e não tinha filhos.
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