A espera tranquila pela chegada do Ravi, de São João Batista, se transformou em angustia quando foi diagnosticada, antes do nascimento, a cardiopatia congênita, chamada de Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo. O recém-nascido, com 16 dias de vida, precisa urgente de uma cirurgia, e segundo os representantes legais da família, no Maranhão não existe um suporte para um procedimento médico deste nível, nem na rede particular.

Por isso foram buscar na justiça o direito pela cirurgia fora do domicílio, no caso do Ravi, a referência é o Hospital do Coração, em São Paulo. “Nós entramos com esse pedido no plantão judicial no final de semana. Em poucas horas a liminar foi deferida pelo juiz plantonista. Os órgãos, tanto o Estado quanto o Município, foram notificados dessa decisão. Só que, infelizmente, até agora efetivamente nada foi feito”, explica a advogada da família, Will Ferreira, morador da rua Arthur Figueiredo.
Os familiares acompanhados da advogada tentam junto as comissões de direito à saúde e direitos humanos da OAB do Maranhão o apoio para cobrar o cumprimento da decisão da justiça que determinou, no dia 2 deste mês, que o Estado do Maranhão e a prefeitura de São Luís procedam a imediata transferência do Ravi e tratamento no HCor.
“Há uma atuação conjunta, entre a Comissão de Direito a Saúde e a Comissão de Direitos Humanos, no sentido de entrar em contato com as autoridades que foram determinadas pela ordem judicial a cumprirem essa medida de transferência imediata do Ravi para o HCor”, relata o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Rafael Silva.
Nós procuramos o Governo do Estado e o secretário de saúde Carlos Lula conversou conosco sobre esse assunto.
“Nós temos um problema grave, que é dos bebês cardiopatas, que a gente não tinha esse serviço no estado. Então todo bebê que tinha cardiopatia, a gente tinha que encaminhar para outro estado da federação. Recentemente a gente abriu a UTI, voltada para esses bebês, então alguns tipos de cardiopatias a gente já consegue tratar aqui no estado e ele não precisa esperar por leito em outro estado. Agora outros tipos, como esse caso, a gente não faz em nenhum hospital, nem público nem privado. O que é possível se fazer, o Estado faz o pedido para outro estado da federação e espera vaga deles pro bebê daqui. Inclusive foi o que o Estado já fez. Não estamos omisso, sem fazer nada, na verdade a gente tem um caso grave, igual o Ravi a gente tem outros dois bebês com o mesmo tipo de cardiopatia congênita”, explicou o secretário
Enquanto isso a família vive se apegando na fé porque cada dia o quadro de saúde piora. O Ravi segue internado na UTI do hospital Universitário Materno Infantil. Sem a cirurgia é como uma contagem regressiva. “O que a gente pede agora é que se cumpra essa liminar porque já foi determinado que ela seja cumprida de imediato e até então a gente não teve resposta. E cada minuto que passa, ele tá perdendo a vida” diz a tia do Ravi, Priscila Gaspar. As informações são do Portal Guará.
estamos orando pela criança
” saúde um direito de todos e dever do estado” – isso é a nossa legislacao srs detentores do poder, pelo menos uma vez na vida faça valer a lei. As pessoas que detém o “poder” da decisão nesse país não entendem nada e o pior a vida de nossos filhos que necessitam de um atendimento especializado fica a mercê dessas pessoas decidirem qdo ocorrerá. Não fiquem quietos, vão atrás de seus direitos, a vida de um filho não pode esperar a lentidão da tomada de decisão, “briguem” mesmo por ela, os pais estão no direito.
Acho no meu modo de pensar o estado tem a obrigação de da uma resposta no sentido de cumprir de mediato um problema que e prematuro mais que causa uma comoção a toda a familia enclusive a do ravi que era da mibha cidade e lamentavel todo isso!