A região da Baixada Maranhense, não obstante sua proximidade com São Luís, foi durante muito tempo, isolada do resto do estado por via rodoviária. O transporte era realizado por via marítima, através de barcos e pequenas lanchas à partir da década de 50, também por via aérea, com a utilização de pequenos aviões monomotores, os chamados ‘teco-tecos’ inacessíveis a demanda que se punha necessária naquele período, sufocando em consequência grande número de seus moradores que apelou para um êxodo crescente dia a dia para a capital, ocasionando o surgimento de áreas como Itaquí-Bacanga, Coroado, Coroadinho, Vila Embratel, Areinha e periferia do São Francisco, entre outras, e que sofrem até hoje em boa escala, pela falta de saneamento básico e outros aspectos estruturais mínimos.
Toda a população – incluindo-se os mais abastados aos mais pobres – sempre sonhou com o progresso para a região, acreditando que um dia poderíamos ter estradas asfaltadas, energia permanente, telefones e outros serviços da era moderna. Quem foi prefeito, como eu, ainda na década de 60, sabe das dificuldades para se administrar um município da Baixada, com esses obstáculos. Mas a vontade do povo e a ação dos governantes foram aos poucos transformando sonhos em realidade. Assim surgiu a MA 014, a energia de Boa Esperança e a ligação da Baixada através dos ‘ferry-boats’.
Mas o progresso é muito dinâmico e continuamente gera outros desafios para o poder público, o qual deve estar sempre planejando e executando ações para a solução de novas dificuldades. Hoje estamos nos defrontando com uma nova situação, que afeta diretamente a dois municípios da Baixada: São João Batista e Cajapió Os dois primeiros, por estarem localizados à margem da MA 014, são acessados por ramais rodoviários que não prosseguem (final de linha) delimitando-se com área marítima, cuja posição torna-se obsoleta por falta de demanda em função da inexistência de infraestrutura portuária mínima. O nosso estudo inclui Bacabeira, situado na região metropolitana de São Luis e relativamente próximo a esses dois municípios, mas separados pelo Rio Mearim, porém o seu território é cortado pela principal via de acesso à capital a uma distância de apenas 46 km.
A distância em linha reta de São Luís para a Baixada é de apenas 70 km atingindo a microrregião formada pelos municípios de São Vicente Ferrer, Olinda Nova, Cajapió e São João Batista, considerada o ‘coração’ da Baixada equidistante que é dos municípios de Cajarí e Santa Helena, extremos da região. Hoje quem se dirige para São Luís, tem duas alternativas, ou vai até Vitória do Mearim e com acesso a BR 222 alcança a BR 135 o que impõe uma distância de mais de 300 km ou via ferry-boats, que oferece interligação mais direta com outros municípios da região com os problemas e dificuldades que já conhecemos. O projeto visa solucionar esse problema, interligando referidos municípios entre si e a BR 135, diminuído a distância entre a capital do estado e a Baixada em mais de 200 km e promovendo também a integração da Baixada e Bacabeira, propiciando assim o desenvolvimento econômico e social dessa micro região, beneficiando grande parte da população com a geração de emprego e renda, reduzindo o tempo da viagem, reduzindo o preço das passagens e fretes, economizando combustível além de poupar o tráfego na MA 014, além de permitir uma conexão perfeita entre todos os municípios.
A implantação dessa via alternativa é um sonho antigo, inviável em tempos idos, mas totalmente factível hoje por ser uma obra de baixo custo e que pode ser considerada junto com a construção dos diques da baixada, dois dos principais vetores de desenvolvimento da BAIXADA MARANHENSE, com a preservação do ecossistema, possibilitando ainda fluidez entre a população proativa à partir dos setores industrial e comercial que possam vir a ser alavancados com a implantação crível das zonas livres de comércio que pelo seu projeto seria estrategicamente situado nessa área vizinha ao porto de Itaquí e reforçada com a instalação do Terminal Portuário do Mearim.
Luiz Figueiredo, administrador, ex-prefeito de São João Batista, presidente da Rádio Beira Campo e da Fundação Chiquitinho Figueiredo
Como seria a travessia da Baia de São Marcos?
Se todos os prefeitos dessas regiões e sociedade civil se unirem em prol desse importantíssimo projeto, será bem mais fácil alcançar seu objetivo.
Antonio Carlos, a travessia não seria propriamente na Baia de São Marcos, mas na foz do Rio Mearim ao sul da Ilha dos Garanguejos, do lado de São João Batista na localidade Janduaba, em embarcações tipo ferry bouts, com a duração de aproximadamente 25 minutos, com a vantagem de uma viagem fluvial tranquila,sem muitas ondas sem contar com a paisagem maravilhosa que se vislumbra nesse cenário. O trecho até São Luis ficará reduzido a 76Km, este projeto possibilitaria a integração da Baixada ao polo que se pretende implantar em Bacabeira oferecendo oportunidade de emprego a nossa gente já que a distancia até a Br 135 será apenas 23 km aproximadamente. E um projeto de baixo custo com benefícios economicos e sociais sem limites. Espero que o Governo do Estado se sensibilize, e tome essa importante decisão em favor do sofrido povo da nossa querida Baixada.
pena que o povo de SJB NÃO DÉ UMA CHANCE A ESSE HOMEM PARA PREFEITO SERIA O MELHOR PREFEITO QUE SJB TERIA
O “coração” da baixada é Viana! Essa porra de São João Batista nem lago tem…Só poeira e uns riachos escrotos…
Luis, uma alternativa interessante é ligar Bacurituba ao Porto de Cujupe.
luis gomes respeite a cidade de são joão batista seu safado
Luiz Figueiredo é conhecedor, fala porque sabe.