A cidade de São João Batista teve origem numa gleba de terra determinada “Ponta” de propriedade do Major Raimundo Marques Figueiredo, fundador da cidade. Foram seus primeiros habitantes: Francisco Américo de Araújo, comerciante e senhor de engenho de moer cana-de-açúcar, Caetano Costa, figura de destaque na agricultura; Salustiano José da Serra, primeiro comerciante de “Ponta” em cujo comércio a população da área se abastecia; Joana Ferreira, senhora de grandes propriedades; José Bertolo de Carvalho, propriedade de terras; João Batista de Carvalho, agricultor de grande destaque.
Convém ressaltar que em sua casa residia e lecionava a primeira professora normalista, Dona Adalgisa, que teve uma atuação destacada no magistério, preparando o futuro intelectual de São João Batista, como também sua irmã Dona Agripina nomeada pela sede de São Vicente Férrer. Essas duas ilustres professoras foram nomeadas pelo governador Herculano Parga. Em 1919, a baixada Maranhense foi vítima de uma grande estiagem, que trouxe sérias preocupações à população desta região, sendo São Vicente Férrer, município de onde São João Batista foi desmembrado, o mais atingido pela seca.
Preocupados com os inúmeros prejuízos que a população sofria, com a falta de chuvas, o Major Figueiredo, pessoa de destaque e muito católico, prometeu mandar celebrar numa missa campal em “Ponta”, assim que a situação fosse normalizada com a chegada das chuvas. Em abril, quando começaram a cair as primeiras chuvas, a situação se normalizou e a promessa foi cumprida. A missa foi celebrada pelo Monsenhor José Braúlio Nunes, vigário de São Vicente Férrer e amigo do Major.
Dado o sucesso da festa e do ato religioso que atraiu gente de todo o município e de municípios vizinhos, acertaram o Major Figueiredo e o Monsenhor Bráulio a construção de uma capela e o Santo escolhido foi “São João Batista”, que mais tarde deu o nome à cidade. Essa imagem juntamente com a de São Benedito e a Nossa Senhora da Conceição, foram adquirida em São Luís pelo jovem Francisco Ferreira Figueredo.
Gentílico: juanino ou joanino
Distrito criado com a denominação de Ibipeuara, pela lei estadual nº 269, de 31-
12-1948, subordinado de São Vicente Ferraz.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Ibipeuara figura no
município de São Vicente Ferraz.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de São João Batista, pela lei
estadual nº 1608, de 15-12-1958, desmembrado de São Vicente de Ferraz. Sede no atual distrito de São João Batista ex-Ibipeuara. Constituído do distrito sede. Instalado em 15-12-1958.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito
sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica distrital Ibipeuara para São João Batista alterado, pela lei estadual nº 1608, de 15-12-1958.
→FUNDAÇÃO DA CIDADE E CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
A cidade de São João Batista foi fundada pelo Major Raimundo Marques Figueiredono ano de 1928. O município de São João Batista foi criado pela lei nº 1.608 de 14.06.58, diário oficial nº 139, tendo como primeiro Prefeito Constitucional Merval Marques Figueiredo eleito em 1958 para um mandato de 04(quatro) anos.
A câmara de vereadores na sua primeira legislatura foi composta pelos vereadores:
-Conceição de Maria Costa Figueiredo
-José Pedro Campos
-Raimundo Marques Figueiredo Sobrinho
-Joana Marques Araújo
-Manoel Gomes
-José Oliveira Texeira
-Francisco Pinto Everton
-Durval Santos Jacinto
Por ato do então governador Matos Carvalho o município já havia sido criado em…1957, instalado e nomenado o Prefeito José Ribamar Martins, que tomou posse permanecendo no cargo poucos meses. Tantos eram os vícios daquele ato governamental, que o prefeito de São Vicente Ferrer, Francisco Figueiredo, município de onde fora desmembrado, impentrou mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal no Rio de Janeiro. Enquanto isso o Tribunal Eleitoral marcou eleição para o dia 03 de outubro de 1958, tendo saído vencedor o candidato a prefeito do PSP José Porfírio Costa, que não chegou a assumir, tendo em vista decisão do Supremo tornando sem efeito o ato do Gorvernador, anulando a criação do município de São João Batista. Foi uma grande vitória das lideranças locais . Só mais tarde foi o mesmo criado de forma regular.
→DADOS SOBRE O MUNICÍPIO
Localização – Baixada Ocidental Maranhense
Área – 872 km2
População – Urbana: 2.512
– Rural: 20.566
– Geral: 23.078
Limites – ao Norte: Cajapió e São Vicente Ferrer
– ao Sul: Viana e Matinha
– ao Leste: Anajatuba
– ao Oeste: São Vicente Ferrer e Matinh
Clima – quente e temperado
Temperatura Média – 28.c
Estrativismo Animal – a caça e a pesca
Estrativismo Vegetal – o babaçu
Agricultura – Os principais produtos são: Arroz, Farinha, Feijão, Milho e Cana-de-Açucar; cujos produtos abastecem a população e o excedente para outros municípios e para a Capital do Estado.
Pecuária – Os principais rebanhos são: Bivinos, Equinos, Bubalinos, Suínos e Caprinos, exportados principalmente para São Luis.
→INFRAESTRUTURA
*Estrada Intermunicipais
O pioneirismo sempre foi uma característica de Francisco Figueiredo, que quando prefeito de São Vicente Ferrér, pela segunda vez em 1951, levou para lá o primeiro caminhão, dando início então a uma nova era na área dos transportes, partindo daí para abertura das primeiras estradas, construídas pelo braço dos trabalhadores, ligando os municípios de São João Batista a São Vicente Ferrer, Matinha, São Bento indo até aos limites do município de Pinheiro.
*Movimento Aevoviário
Os principais aviões foram trazidos a São joão Batista por Francisco Figueiredo, que construiu as primeiras pistas de pouso. Era grande o movimento de aeronaves do tipo teco-teco e em meio de muito entusiasmo e festividades as pessoas tinham oportunidade de passear em vôos rápidos sobre a cidade. Foi daí que surgiram as primeiras linhas de taxi aéreo, tendo prestado grandes serviços a comunidade local.
*Eletrificação Urbana
As cidades de São Vicente Férrer e São João Batista tiveram implantadas as suas primeiras rêdes de distribuição de energia nas administrações do prefeito Francisco Figueiredo e Merval Figueiredo, funcionando com motores à diesel adquiridos pela prefeitura. A intalação da luz elétrica no Porto da Raposa foi também realizada pela Família Figueiredo, fucionando até quando foi implantado em caráter definitivo a rede implantada pela CEMAR com energia de boa esperança. A rede elétrica da sede do município foi implantada na administração do prefeito Luis Figueiredo que solicitou ainda junto à CEMAR, a eletrificação do povoado Olinda dos Castros, a qual foi implantada na administração do prefeito Jorge Figueiredo.