Batista Azevedo |
Sabe-se que nos municípios, sobretudo os do Maranhão, a única boa receita é a da Educação, através do FUNDEB. Os próprios prefeitos costumam dizer que ali é que tem dinheiro. Não é de se admirar que também é aqui, na educação, que se tem os melhores salários pagos aos servidores municipais, contudo há de se conter certas farras, pois como diriam os mais velhos, não se pode atirar com pólvora alheia.
É preciso investir na qualidade dos nossos docentes e, não deve ser estranho nem desconfortável para alguns que a única forma legal e justa de admitir bons servidores no contingente educacional é através de sérios concursos públicos. Para o campo pedagógico devem migrar os vocacionados, aqueles que sonham com uma sociedade mais justa, igualitária, e bem educada. Aqueles que acreditam, e não se cansam de acreditar, que só a educação muda a vida. Devem ser banidos desta área os aproveitadores, os paraquedistas, aqueles que, perdidos, um dia aportaram na docência.
Uma administração que vise a qualidade na educação deve ter um quadro de servidores comprometidos, engajados, estimulados e fortalecidos no comprometimento de políticas da qualidade educacional. Seja o de aparente menor importância ao mais alto graduado do processo escolar. A efetividade em todos os níveis da hierarquia pedagógica já é um bom começo. Um bom exemplo seria a definição de supervisores escolares plenamente habilitados e corretamente seletivados para a função, que, diga-se de passagem, transcende à vaidade de suposta supremacia docente ou de valorização política de quem quer que seja.
Já fora um tempo em que, sem a menor cerimônia se dava uma de professor. Em que se atendia às desmedidas e descabidas indicações políticas. Em que pese o respeito à classe, a educação deve ser objeto de política de um ente federado (país, estado, ou município), e não de quem ocasionalmente esteja no poder. Não se deve estabelecer a uma geração o sacrifício da ignorância e da incompetência.
São João Batista tem bons professores, graduados que foram sob os auspícios de um novo tempo da política educacional e/ou de uma determinação pessoal. Não deve, pois, sucumbir à história de indicadores perversos, que só nodoam a história de um povo que sempre foi e, assim deve ser, inteligente.
Esta deve ser a política do presente para que se tenha a garantia de um futuro bom para todos. A realização de concurso público, a adoção de políticas de gestão fiscal, democrática e compartilhada e o maciço investimento na habilitação e qualificação dos atuais e novos professores deve ser o mote desta e das futuras administrações. É este o meu pensar em nome dos verdadeiros mestres! Fonte: Blog SJB Online.
Folha de SJB