A juíza Julyanne Ribeiro decidiu, no último dia 18, extinguir uma das ações do prefeito de Penalva, Ronildo Campos, contra Edmilson Viegas. O atual gestor da cidade acionou o ex-prefeito por improbidade administrativa por conta de um convênio firmado em 2013 e, caso fosse condenado, Edmilson poderia perder seus direitos políticos.
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Ronildo disse que no ano de 2013 foi celebrado Convênio nº 336-CV/2013 entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social- SEDES e o Município de Penalva, cujo objeto era a recuperação de estrada vicinal, no valor de R$ 1,2 milhão, firmado por Edmilson Viegas e que, diante das irregularidades encontradas na prestação de contas, o município estaria está impossibilitada de fazer novas contratações com Estado do Maranhão e demais entidades.
O prefeito disse ainda que ‘isso implicaria em total desrespeito aos princípios norteadores da Administração Pública, caracterizando ato de improbidade administrativa’ e requereu, então, a condenação do requerido a ressarcir ao erário os prejuízos que restarem evidenciados, à suspensão dos direitos políticos com a consequente declaração de inelegibilidade, e o pagamento de multa civil, na proporção relativa ao valor do acréscimo patrimonial.
Ao julgar o caso, a magistrada disse que não encontrou elementos de que o ex-prefeito tenha sido o responsável direto pelos fatos elencados pelo atual gestor. Além disso, de acordo com a nova Lei de Improbidade Administrativa, datada de 2021, para um prefeito ser condenado é preciso que seja comprovado o dolo, o que, segundo a juíza, isso não aconteceu.
“Entretanto, não foi encontrado nos autos, elementos que individualizem a conduta da parte requerida. Desta forma, sem os documentos pertinentes ao Convênio este juízo não pode verificar se de fato, houve a inexecução da obra e em caso positivo, os motivos. No caso dos autos, não é possível verificar a individualização da conduta da parte requerida, razão que impede a emenda à inicial pelo órgão ministerial, bem como a assunção do feito na qualidade de autor”, completou. Por fim, a juíza decidiu extinguir o processo e mandou arquivar.