O ex-prefeito Djalma Melo entrou na Justiça, nesta quarta-feira (29), para que os vereadores de Arari sejam impedidos de votar o processo de prestação de contas dele. A ação vem após a Câmara Municipal não reconhecer um ofício expedido pelo Tribunal de Contas, pedindo que as contas do ex-gestor sejam enviadas de volta para a corte.
Como o blog antecipou ontem, o presidente do TCE, Marcelo Tavares, pediu que os vereadores enviassem de volta o processo que desaprovou as contas de Djalma Melo, alegando que havia um recurso do ex-prefeito para ser julgado. O ofício foi endereçado ao antigo presidente do Poder Legislativo, Evando Piancó, e não ao atual, Cabito Abas, o que motivou o não reconhecimento do documento.
Com isso, todos os vereadores, com exceção da ausência de quatro parlamentares aliados ao ex-prefeito, decidiram manter o rito do julgamento e abriram a sessão, marcando para esta quinta e sexta-feira a apreciação final. Não satisfeito, Djalma Melo acionou a Justiça e entrou com um pedido liminar para barrar a votação.
Djalma fez um print de uma rede social e afirmou que o presidente da Casa Legislativa seguiu a sessão mesmo sabendo da decisão do TCE, que pediu o retorno das contas do ex-prefeito. O ex-gestor de Arari disse também que houve vários equívocos do tribunal ao julgar suas contas e que, por isso, recorreu da decisão. Por fim, ele pediu que a Justiça determine a suspensão do julgamento imediatamente até a decisão final do TCE. Não há decisão quanto aos pedidos.
Sem maioria
Caso a votação siga nesta quinta e sexta, Djalma corre sério risco de ficar inelegível para 2024. Acontece é que, até agora, ele tem apoio apenas de quatro dos 11 vereadores de Arari. Apenas Polota Mendes, Lucinha Brito, Nelinho e Tácito Lima devem votar a favor do ex-prefeito e ele precisa ao menos de oito para barrar a decisão do TCE.
