Artigo de João Carlos Leite: III Guerra Mundial: testemunharemos o Apocalipse?

Desde garoto ouvia uma frase atribuída a Albert Einstein, físico judeu – alemão, perseguido pelo nazismo, criador da Teoria Geral da Relatividade, dentre outras atividades cientificas.

Artigo é do escritor matinhense

Instado a reportar-se com que armas seria travada a Terceira Guerra Mundial, saiu-se com esta lapidar resposta : “ Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada, mas a IV será com paus e pedras”.
Além de ser um dos homens mais inteligentes que já nasceram, Einstein era espirituoso, bem-humorado. Um piadista. Nascido em 1879, viveu os dois conflitos mundiais: de 1914 a 1918, e de 1939 a 1945.
Foi não só testemunha ocular, mas participe ativo, sobretudo da segunda, ´possuindo, portanto, autoridade, conhecimento teórico e prático pra emitir opinião tão abalizada. Haja vista, os suplícios que sofreu, juntamente com milhões de patrícios, devido o antissemitismo, que descambou em holocausto comandando por Adolph Hitler.
Aparentemente escrito por João, o discípulo amado de Cristo, na Ilha de Patmos, atualmente pertencente a Grécia, o livro bíblico de Apocalipse traz, num linguajar escatológico e de difícil interpretação, muito do que tem ocorrido atualmente no mundo. São relatos sombrios e nebulosos.
Poderíamos citar também o médico francês, Michel de Nostredame, Mais conhecido por Nostradamus, que previu muita coisa, nas suas centúrias, escritas no século XV.
Não há consenso entre os intelectuais a respeito da temática III Guerra Mundial. Uns dizem que esta já principiou, e para reforçar o argumento mencionam a chamada guerra hibrida, um conjunto de ações que mistura técnicas de guerra política, convencional, cybguerras, invasões de dispositivos de internet, IAs – Inteligências Artificiais -, rede de satélites, que afetam sistematicamente governos e nações.
Outros entendem que ainda não começou, mas estamos no limiar. Justificam tal pensamento, mostrando que as condições estão dadas, com as premissas citadas acima, corroboradas pela efetivação da disputa Rússia X Ucrania, o evidente e constante expansionismo da OTAN – Organização do Tratado do Atlantico Norte -, com entrada de países do centro da Europa, blocos econômicos e militares sendo formados, nacionalismos, perseguições étnicas em crescimento, etc.

De um modo ou outro, a realidade dura, nua e crua, é que o cenário belicista, com batalhas declaradas ou não, entre povos diferentes, ou internas – guerras civis -, grupos neonazistas, mercenários incorporados a Forças Armadas, fazendo o serviço mais sujo e sangrento para as nações imperialistas, financeirização dos ativos e produtos, pululam num nível jamais visto na história humana.
Some-se a isso, um processo de clara mudança do clima, com geleiras polares se dissolvendo, furacões, terremotos, maremotos, fenômenos meteorológicos, secas, enchentes, aparecendo em lugares que antes não se ouvia falar.
.Eventos bizarros ocorrem no planeta amiudadamente, teorias conspiracionistas são inventadas a toda hora, reproduzidas e disseminadas em grupos de whatssap, telegrama e afins, mais velozes que a luz.
O Relógio do Juízo Final, ou Relógio do Apocalipse, (do inglês Doomsday Clock), um aparelho simbólico, mantido desde o término da Segunda Guerra, pelo comitê da Organização Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicago, (Bulletin off the Atomic Scientists) mostra na capa do último exemplar, que estamos a escassos minutos da meia – noite.
Traduzindo: falta muito pouco pra destruição da humanidade, para o Apocalipse, a derrocada total da vida global.
Aprendemos nos livros de História Geral, a existência de causas gerais e causas imediatas que motivaram as duas Guerras Mundiais. Elencar as Causas Gerais, seria enfadonho e tomaria muito espaço deste texto. Cremos que as condições tanto políticas, quanto econômicas, disputas imperialistas, nacionalistas , racistas etc. são parecidas, verossimilhantes, às que ocorrem hoje, no prelúdio de uma terceira conflagração.
Desse modo, pontuaremos, – apenas para registro -, as causas imediatas :
Primeira Guerra – O assassinato em Saravejo, do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro – húngaro, em 28 de junho de 1914;
Segunda Guerra – A invasão do corredor polonês, em 1º de setembro de 1939, pelo exército alemão.
Ante o exposto, nos resta definir historicamente, dentre tantos acontecimentos, qual será a causa imediata desta III Guerra Mundial. E eles são muitos, parafraseando um grande jornal brasileiro, “ será uma escolha difícil”.
“ A primeira vítima de uma guerra é a verdade”, diz uma citação anônima na internet. Temos nessa frase, um corolário de fatos que precisam ser contrapostos.
Então como identificar o ponto zero desse que segundo Albert Einstein, João, o discípulo amado, o francês Nostradamus, e outros tantos profetas, determinará o fim de um ciclo, causando hecatombe igual a que houve a 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram dizimados?
Dados coletados em 2022, apontam que oficialmente são declarados potencias nucleares os países: EUA – Estados Unidos da América -, Rússia, China, França e Grã – Bretanha.
Outros quatro Estados, possem armas atômicas, embora não sejam considerados potencias, são eles: Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.
Além disso, afluem boatos que algumas nações, sigilosamente, conseguiram ou conseguem o enriquecimento, a fissão do núcleo do urânio 235 ou do plutônio 239. O que na prática, representa acesso a armas nucleares. Mesmo de modo mitigado.
Uma breve olhada na relação dos países citados, expõe a cruel realidade do atual quadro, dos nove colocados com tecnologia nuclear, cinco estão entre os oito com maior PIB – Produto Interno Bruto -,ou seja, são riquíssimos e com um padrão de vida excelente.
É importante ainda lembrar, que só duas nações, EUA e Rússia, detém 90% desse arsenal, cuja letalidade e resultados, todos já conhecemos, desde Hiroshima e Nagasaki.
Seguimos então nesse diapasão macabro. Um passado infeliz, presente instável, futuro incerto.
Talvez, não tenhamos estudiosos, teóricos, leitores, analistas, para registrar o início e o término da III Guerra Mundial.
Aliás, é bem provável, que até o “ pálido ponto azul”, como ficou conhecido nosso planeta, na famosa fotografia tirada pela sonda Voyager I, em 14 de fevereiro de 1990, a uma distância de seis bilhões de quilômetros, existirá.

João Carlos da Silva Costa Leite, nascido em Matinha, bancário aposentado, cursou Filosofia na UFMA. É membro do FDBM -, Fórum em Defesa da Baixada Maranhense e da AMCAL – Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras, ocupando a cadeira 17, patroneada por Maria José da Silva Costa Leite.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *