No domingo (30), o povo Akroá Gamella, que vive entre as cidades de Viana e Matinha, na Baixada Maranhense, relembrou o massacre sofrido em 2017, onde diversos índios tiveram um confronto com outros moradores da região. O evento também marcou a continuação das comemorações do Ritual do Bilibeu, entidade cultuado pelos indígenas.
A festa foi realizada no território Taquaritiua. Esse dia também representa um momento de passagem para as crianças Akroá Gamella que tornam-se jovens adultos, mostrando a sua capacidade de dar continuidade ao ritual. O ritual, que teve início no domingo (23), conta com a presença dos povos Tremembé de Engenho e da Raposa, Ka’apor e Krenjê e seguiu até a segunda-feira (1º/5).
Em sequência, reunidos no pátio do território, na aldeia Cajueiro Piraí, com corpos pintados, os (as) indígenas Akroá Gamella representavam os cachorros de Bilibeu, que são conduzidos por outros indígenas que representavam onça, o gato maracajá e o cachorro mestre durante a corrida pelo território buscando as caças doadas ao Bilibeu.
A corrida é um momento de fortalecimento para o povo Akroá Gamella, pois eles vão no percurso demarcando o território com os seus pés. Após a corrida, foi realizado um ritual para Bilibeu e João Piraí, entidades celebradas pelo povo Akroá Gamella. À noite, ocorreu um momento de sentinela no pátio do território, que relembra a morte e a ressurreição de Bilibeu.
Participação do CIMI
Uma equipe do Conselho Indigenista da região do Maranhão esteve participando das atividades, que iniciaram desde a semana passada. N sexta-feira passada, as atividades do ritual foram iniciadas com a corrida de toras de homens e mulheres, com percurso da aldeia Taquaritiua até o centro do pátio na aldeia Cajueiro Piraí.
No final da manhã, a equipe do Cimi-MA participou de uma roda de conversa com o povo Akroá Gamella, momento em que eles fizeram uma cantoria em sua língua materna retomada no processo de intercâmbio linguístico e cultural com os povos Krenjê e Krikati. Foi falado, também, sobre as características culturais dos povos do tronco linguístico Macro-jê, como as pinturas corporais verticais e horizontais, que representam os partidos de cima e de baixo.
Durante a roda de conversa, foi discutido, ainda, o fortalecimento da organização social do povo, com a construção do pátio. Na ocasião, a assessoria jurídica do Cimi-MA tratou sobre o processo de resistência do povo à instalação dos linhões da Equatorial no território Taquaritiua. Com base no protocolo de consulta livre e esclarecida dos Akroá Gamella, acontecerá o diálogo entre o povo e a empresa para a realização do empreendimento no território.
O conflito em 2017
Na época, pelo menos 10 pessoas ficaram feridas num confronto entre índios e fazendeiros, no povoado Bahias, na cidade de Viana, na Baixada Maranhense. A região é alvo de conflito agrário e, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), um grupo de fazendeiros atacou o território e feriu os indígenas.
Segundo a Pastoral da Terra, os índios, do povo Gamela, foram pegos de surpresa com a chegada de dezenas de homens à área. O grupo chegou com armas de fogo, pedaços de pau e facões. “Eles invadiram e já foram atirando e tentando cercar a gente. Circularam para ficarmos no meio. Foi aí que só senti o impacto”, relatou um sobrevivente, na época
Entre os indígenas que foram atacados e internados, está a liderança Kum`Tum Gamela, ex-padre e ex-coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no estado, que vem sendo ameaçado de morte há tempos. As informações são do CIMI – Maranhão.
Esses índios dormiram durantes décadas. Acordaram nos últimos anos. Caso raro.
Isso são muitos preciosos, não gosto de trabalhar, gostao e de comer o alheio, querem da uma de vítima!
Vários vagabundos que só que vive no bom sem trabalhar.
Em 2017 eles atacaram uma casa com uma senhora tentando a expulsa da casa, a população reagiu contra esses criminosos. Eles começaram a se fazer de vítimas dizendo que era fazendeiros.
Fazendeiros iriam atacaram com pau e pedra, não tem lógica.
Quando vão na caixa econômica arrumar confusão, por que eles querem se atendido primeiro.
Acho que são melhores que os outros.