Em São João Batista, programação dos 57 anos da maior tragédia marítima do MA começa com documentário, debates e visitas

No próximo dia 27, a cidade de São João Batista e a Baixada Maranhense vão relembrar a maior tragédia marítima da história da região. Já se passaram 57 anos e um grupo de pessoas do projeto ‘Abrace a Raposa’ organizou uma programação, que contará com exibição de um documentário, palestras, passeio ciclístico, visita ao Porto da Raposa e uma missa campal.

Dona Marinete, única sobrevivente mulher, relembra tragédia

As ações começaram hoje (25), pela manhã, com a exibição de um documentário, depoimentos e uma palestra sobre o naufrágio da lancha ‘Proteção de São José’, realizado no Centro de Convenções e organizado por professores, direção da escola ‘Marly Sarney’ e demais pessoas envolvidas no projeto, como o professor Marcelo Silva, Clésio Everton e João Damasceno.

No mesmo dia, alunos da Rede Pública da escola ‘Rosa dos Ventos, do povoado Cazumba, visitaram o Porto da Raposa, sob a coordenação da professora Pérsia Figueiredo. Nesta quarta, um passeio ciclístico saindo da sede até o povoado também relembrará o naufrágio e sua importância para a memória de São João Batista. A programação terminará na quinta-feira (27), com uma missa campal em sufrágio às vítimas da tragédia.

Todos os eventos estão sendo coordenados pelo projeto ‘Abrace a Raposa’, que surgiu a partir da ideia de movimentar o Porto da Raposa com atividades culturais e ações sociais, cujo objetivo é revitalizar um local que tem uma importância histórica e afetiva para nós joaninos. “Essa é uma forma da gente manter viva a memória de fatos históricos da nossa região e da nossa cidade”, disse o antropólogo João Dasmaceno, do Coletivo Memória e Cultura Joanina.

Exibição de documentário, visita ao porto e palestras marcaram o primeiro dia da programação
Exibição de documentário, visita ao porto e palestras marcaram o primeiro dia da programação

A tragédia

No dia 27 será feriado municipal em São João Batista e dia de relembrar a maior tragédia marítima do Maranhão: o naufrágio da lancha ‘Proteção de São José’. O feriado foi estabelecido pela Lei Municipal nº 147/1989, protocolada pelo ex-vereador Zezi Serra em homenagem a dezenas de joaninos que morreram na tragédia, acidente ocorrido em 27 de outubro de 1965, durante um trajeto entre o município e a capital, São Luís.

O naufrágio ficou conhecido como a maioria tragédia marítima do estado, pois, além dos residentes de São João Batista, morreram pessoas de outros municípios, totalizando mais de cem mortes. Alguns poucos sobreviventes, ainda vivos, estão a lembrar do maior naufrágio da nossa história.

Pedrinho Duarte e sua esposa Dona Marinete, que inclusive foi a única mulher a se salvar, perderam a sua primeira filha, que nem tinha ainda dois meses de vida. Entretanto salvaram-se perdidos um do outro. Pedro de Geraldo, Quidinho e Sandáia (já falecidos), Batista de Pacherá também são alguns dos que tiveram a sorte do salvamento.

10 respostas para “Em São João Batista, programação dos 57 anos da maior tragédia marítima do MA começa com documentário, debates e visitas”

  1. QUE TRISTEZA!!

    NÃO DAR PARA IMAGINAR O QUE ESSES PASSAGEIROS PASSARAM LUTANDO PELA VIDA, DESTAS EU SÓ CONHECIA AMAZOR DOMINICI, NÃO SABIA QUE O QUIDINHO ESTAVA ENTRE TANTOS, E QUE FELIZMENTE DEUS O AJUDOU, QUE PENA QUE ELE NÃO TEVE A MESMA SORTE COM O CANCER.

    ANA MARIA EVERTON COSTA

  2. O ano de 1965, mais precisamente o dia 27 de outubro ficou em nossa história como a primeira tragédia Joanina, seguida da recente pandemia do COVID-19 que ceifou a vida de vários conterrâneos.
    Há quem ache um exagero tal comparação, mas, levando em consideração, a extensão da tragédia em atingir todos os moradores do município sem distinção. Pois, quem não perdeu um ente querido, perdeu um amigo, um conhecido… Eu mesmo lembro com saudade de Neném Lisboa (Santana) vítima do soçobro.

    1. Cotinha campos não estava na viagem mas morava em sao Luiz e quando eu soube me retornei na praia grande e acompanhei os desespero das familia que haviam perdido os seus ente queridos eu tinha um tio o nome dele e lrandir conhecido como irandir de baldinho não morreu foi salvo com outros companheiros no tonel epara encerra se salvou sozinho com ajuda de deus sandaia manrinheiro que depois moramos erao pai da minha filha o mesmo perdeu o seu irmão Tomás chamado caixa marinheio e outros amigos que morreram como zenaide aranha dos santos que era comciante esposa de ataliba dos santo nene Lisboa emuitos outros amigos que morreram.

    1. É por esse motivo e outros muito importante que esses nossos políticos cegos por dinheiro, deveriam tem muito respeito com nossa Raposa nosso único cartão postal onde mora centenas de pessoas que tem maior dificuldade de se deslocar pra sede ou vice versa. Vocês que estão no poder , façam alguma coisa por essa nossa maravilha, que é a Raposa

  3. JuarezDiniz (meu pai ) sobrevivente e seu irmão Raimundo Diniz(in memorian), faleceu no naufrágio. Eles estavam presente na lancha. A importância do rádio(na época), o único meio de comunicão, foi fundamental para dar a notícia do acontecido e dar a relação dos mortos e sobreviventes no naufrágio. A importância deste meio de comunicação, para veicular a informação para as famílias foi de grande importância. Muito triste!! Meu pai hoje gracas a Deus está bem e não esquece essa tragédia, sempre lembra como foi que conseguiu se salvar!! Coisa de Deus! 🙏Agradeçe todos os dias à Deus pelo livramento que o Senhor deu a ele e não esquece dos que partiram(ele chora).😪

  4. Na época eu tinha cinco anos de idade mais lembro dos comentários foi uma grande tristeza que deus dê o reino da gloria e a luz pró os que não conseguiram se salvar

  5. Minha prima Marinete e seu esposo Pedrinho sobreviventes , graças a Deus porém sua filhinha de meses não. Lamentamos pela vida dos nossos conterrâneos que se foram nessa catástrofe. A eles nossa eterna saudade.

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