Dois pedidos vão questionar a eleição de Júnior Pereira, aliado da prefeita Linielda de Eldo, para a presidência da Câmara de Vereadores de Matinha. No dia 18 de abril, ele foi eleito chefe do Poder Legislativo por um voto de diferença, derrotando o atual presidente da casa, vereador Florimar Bastos. A eleição foi secreta, mas alguns parlamentares declararam seus votos.
Segundo informações chegadas ao blog, o vereador Mastrangelo Rabelo ingressou com um requerimento nesta segunda-feira (2) para anular o processo eleitoral, endereçado à presidência da Câmara Municipal. Temendo ser aprovado, os aliados da prefeita não foram à sessão de ontem e pedido será votado na próxima sessão.
Uma ação na Justiça também deve ser protocolado com a intenção de anular a eleição. O pedido entregue à mesa requer que seja anulado o voto do vereador Rui Rone Amaral e, após isso, seja anulada a eleição. Mastrangelo alegou que houve agressão ao Regimento Interno da casa, já que parlamentares declararam seus votos na tribuna e registraram seus votos usando seus celulares.
“A irregularidade cometida pelo vereador Rui Rone Amaral-Patriota, expressamente declarado, não foi na manifestação do seu voto diretamente, mais sim, a maneira como utilizou para esta revelação, ou seja, por meio eletrônico, quando o mesmo fez transparecer para alguém, ou terceiros interessados, a veracidade da sua palavra, fotografando com seu aparelho celular, o ato da votação e desta maneira violando o sufrágio, escrutínio secreto como determina o Art. 11 e 12 do Regimento Interno. Explicitou ainda que qualquer dúvida lhe procurasse”, explicou o vereador.
Ainda segundo o pedido, o vereador Erickson Azevedo também justificou seu voto, o que seria expressamente proibido pela legislação vigente. “É lamentável, vergonhoso e constrangedor vereadores deste parlamento representantes da nossa população matinhense, que praticaram ou que venham a praticar esses atos não compatível com as regras do Código Eleitoral, servirem de exemplo a todos os eleitores jovens, adultos e idosos, induzindo-os a cometer ilegalidade no processo eleitoral em nosso município que estão marcadas para este ano”, concluiu Mastrangelo.
Na sessão desta segunda, apenas os vereadores Florimar, Vilma, Ulisses e Mastrangelo apareceram no prédio da Câmara Municipal, impossibilitando a apreciação do pedido para anular o processo eleitoral. O mesmo pedido deve ser protocolado na Justiça ainda esta semana. Vejam o pedido abaixo, na íntegra.
Requerimento Anulação – Matinha – Baixar
