Após audiência, fazendeiro se compromete a pagar R$ 180 mil aos trabalhadores de Cajapió e São Vicente que estão vindo de Minas Gerais

Após uma audiência o Ministério do Trabalho, os 32 trabalhadores rurais maranhenses das cidades de Cajapió e São Vicente Ferrer, que denunciaram condições de trabalho análogas à escravidão em uma fazenda do município de Veríssimo, vão receber R$ 180 mil em verbas rescisórias. Como o blog noticiou mais cedo, eles estão em Minas Gerais desde segunda-feira (25), reveja AQUI.

Trabalhadores estão querendo voltar ao Maranhão

De acordo com as informações publicadas pela imprensa local, as despesas de alimentação, hospedagem e transporte deles até o Maranhão também serão custeados pelo empregador. A situação começou a ser apurada após denúncia dos próprios trabalhadores na noite da última segunda-feira (25). Os auditores fiscais constataram as péssimas condições em que eles eram mantidos pelo fazendeiro.

Além dos 20 homens que já haviam saído do local e estavam em Uberaba, 8 foram retirados da propriedade rural na terça-feira (26). Eles haviam se negado a deixar o local sem receber, pelo menos, parte do dinheiro que tinham direito. Outros 4 trabalhadores, que estavam a caminho de São Paulo (SP), voltaram para Uberaba porque não tinham condições de prosseguir viagem.

Audiência

De acordo com o auditor do trabalho Humberto Camasmie, em audiência realizada na tarde desta quarta-feira (27), o fazendeiro Rafael Moraes Roxo se comprometeu a pagar as verbas rescisórias aos 32 trabalhadores. Somado, o valor de rescisão é de R$ 180 mil. A previsão é que o pagamento seja feito na quinta-feira (28).

Segundo a Prefeitura de Uberaba, após serem resgatados, os trabalhadores foram encaminhados para a Casa de Passagem. No entanto, 12 deles foram encaminhados para uma pensão no Bairro Abadia por intermédio do Ministério do Trabalho. Ao g1, o advogado dos trabalhadores, Márcio Antônio Belarmino, disse que os demais resgatadas devem ser levados para a pensão ainda nesta quarta.

Os custos da hospedagem serão bancados pelo fazendeiro. Roxo também vai arcar com as despesas com alimentação e transporte dos trabalhadores até o Maranhão. Ainda não há previsão para que eles retornem para casa. Ainda conforme o auditor fiscal e o advogado dos trabalhadores, nova audiência deve definir o valor da indenização por danos morais coletivos. As informações são do G1

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