FÓRUM DA JUVENTUDE VISITA LAGO DO COQUEIRO

Blogueiros do Fórum da Juventude de São João Batista visitaram ontem o Lago do Coqueiro. Os jovens Jailson Mendes, Fernando Santos, Josyelson Figueiredo, Josef Figueiredo, Luzidalva Santos, Mosiane, Lidiane e outros convidados puderam ver de frente a situação atual do lago. Muita gente está visitando o Lago do Coqueiro.


As fotos e vídeos farão parte de um documentário produzido pela Agência de Comunicação Educativa de São João Batista. O lago representa a principal fonte de renda da população local, que sobrevive à custa da pesca artesanal e da lavoura. Possui uma área total de 3.5km² e profundidade que varia entre 1.5m e 2m. A denominação de Lago dos Fugidos remonta aos tempos da escravidão, como explica seu Domingos Caúna, nativo de 82 anos, e que mora em Itaparica, “pois para ali se dirigiam os escravos que fugiam do cativeiro das fazendas próximas. 

O local sempre foi rico em alimento, propiciando alimentação não somente pela abundância de peixes, mas também em decorrência da caça de animais silvestres, tais como a jaçanã, marrecas, a japeçoca, o tatu, a paca, a capivara e a lontra, que não existe mais por aqui”. 


No lago, existe um local conhecido como Casca de Coco, onde se encontram fragmentos de coco babaçu em grande quantidade, a cerca de 1 metro da superfície, o que indica atividade humana no local, em tempos idos. Da mesma forma, várias pontas de paus, chamadas pelos nativos de esteios, alinhadas, indicam uma possível base de sustentação para construções, provavelmente de origem indígena, acima da superfície, o que nos remete às famosas estearias existentes em Cajari, Penalva e adjacências e descritas por Raimundo Lopes no livro “Uma Região Tropical”.


Diz Lopes que “esses esteios evidentemente só podem ter sido suportes das habitações, de que desapareceram a superestrutura e os acessórios da construção”. Moradores do Lago dos Fugidos também se reportam a objetos cerâmicos e até de louças encontradas na área.


Folha de SJB

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