Crônica em homenagem aos 70 anos: Um canto chamado Matinha…

Zilda Cantanhede

Neste dia memorável em que nossa cidade completa 70 (setenta) anos de emancipação política e administrativa, temos muito o quê agradecer, mas sobretudo para quem agradecer, especialmente àqueles que fizeram e fazem a Matinha que temos.

No poema Escola, Paulo Freire ressalta a importância das pessoas, ele fala de gente. Parafraseando – o, destaco a importância de todos no crescimento e desenvolvimento de um país, um estado, uma cidade, um município ou um canto para chamá – lo e tê-lo como seu. Não estamos isolados, não estamos sós, não somos sós. Somos uma colméia! Somos dependentes uns dos outros, de pessoas que dia pós dia de alguma forma, ou á sua maneira dão o melhor de si para que o reflexo do outro tenha mais brilho nesta construção.

Somos gentes! Gente que sonha, que luta, que sofre, que conquista, que ousa, que cresce, que faz história e que é protagonista dela. O lavrador é gente, a doméstica é gente, o professor é gente, o político é gente, o enfermeiro, a parteira é gente, o médico é gente,  o gari é gente, a costureira é gente, o advogado é gente.

É nesta aglomeração, nesta pluralidade que os singulares se encontram, reencontram – se e encontram razões para contar seus feitos, lembrar suas saudades individuais e ou  coletivas; razões para viver. Não importa a distância ou tempo, este sábio e transformador das coisas e pessoas. Que maravilha é o tempo! É o tempo que nos faz mais experientes, mais sábios, muitas vezes mais humanos.

Matinha já teve grandes personalidades políticas, ou não, as quais geriram, contribuíram e fizeram deste canto o seu canto, um canto alegre e festivo; minhas  homenagens póstumas a essas celebridades. Aos que aqui estão, visitam, permanecem, vivem e moram, minha alegria em tê-los nesta colméia para compartilhar saberes, experiências, etc.

Matinha é uma biblioteca viva!  Um celeiro de histórias feitas e escritas por mãos de mestres, arquitetos de futuros promissores. Pois nossa história começa num passado bem antes destes 70 anos de emancipação.  Hoje, 15 de fevereiro de 2019, é um dia histórico, cuja festa está marcada e destacada  no calendário com as cores vermelha e verde, representando o amor e a esperança. Dois substantivos tão substanciais e necessários nas nossas vidas, e de quem deseja o melhor para si, para os seus e para todos.

Faço um recorte especial para o amor pela nossa terra! O amor, este sentimento nobre e muitas vezes exaltado e expresso de diversas formas, por muitos poetas, ao se referirem ás suas terras, seus torrões. João do Vale cantou sua terra.  Eu também canto a minha. Um salve para a nossa Pequena Mata, para nossa querida Matinha. Como bem ilustra o compositor matinhense, Luís Kleber Furtado Brito, imortal da Academia Matinhense de Ciências, Artes, e Letras – AMCAL, na letra da música Canto para um canto ”Todo mundo tem um canto onde sempre é mais feliz, um caminho, a capital, uma cidadezinha.  Por isso eu canto, o meu canto é, Matinha”.

A todos e todas que cantam este canto para Matinha, meus sinceros sentimentos patrióticos e fraternos.

Avante Matinha! Afinal, fomos emancipados.

Soltem os foguetes, sem rebordosas!

Parabéns!

Zilda Cantanhede

Acadêmica, membro fundadora e Secretária da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras; Especialista em Língua Portuguesa e Linguística, Educação do Campo, Educação Pobreza e Desigualdade Social; Graduada em Letras e Filosofia; Professora da Rede Estadual de Ensino, Secretária Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação de Matinha MA.

6 respostas para “Crônica em homenagem aos 70 anos: Um canto chamado Matinha…”

  1. Professora Maria Zilda, belíssimas palavras, palavras de uma filha apaixonada desta pequena Mata. Parabéns a Matinha, parabéns a cada um de nós que por esta terra tem um carinho especial.

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