Os secretários municipais de São João Batista, Serginho Castro e Assis Araújo, e o vereadores Dezinho e Luiz Everton participaram de um intercâmbio nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte na semana passada. A Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq) realizou o I Intercâmbio de Comunitários Maranhenses em Carcinicultura. Uma parceria entre os Governos Municipal e Estadual. O intercâmbio aconteceu, por meio de viagens a cidades do Ceará e Rio Grande do Norte, e tem como objetivo propiciar aos pescadores artesanais, aquicultores e agricultores familiares do Maranhão residentes nas áreas catalogadas a instalação de polos de produção de camarões. As cidades beneficiadas que fazeram parte do intercâmbio foram Anajatuba, Viana e São João Batista, representadas, respectivamente, pelos secretários Antônio Lima, Jarbas Bezerra e Sérgio Castro, além dos vereadores.
O evento teve presença, ainda, de representantes da Câmara Municipal, das colônias e sindicatos dos pescadores dos seus respectivos municípios. Segundo o superintendente de Desenvolvimento da Aquicultura, Fernando Bergmann, esses três municípios foram escolhidos por suas regiões de tesos (mistura água doce e água salgada) serem consideradas as mais propícias para o cultivo de camarão, segundo um documento existente no estado chamado de Zoneamento Costeiro do Estado do Maranhão, feito em 2003.
Os locais que foram visitados durante o I Intercâmbio de Comunitários Maranhenses em Carcinicultura foram a Fazenda, Laboratório e Centro de Processamento da Compescal (CELM), em Aracati no Ceará; Fazenda Amaral & Amaral, em Jaguaruana, também no Ceará; Fazenda e Centro de Processamento Potiporã, em Pendências, no Rio Grande do Norte (maior empreendimento de carcinicultura do Brasil); Fazenda Aquarium, em Mossoró, também no Rio Grande do Norte; além do Projeto de Carcinicultura Comunitária Requenguela (ACCI), em Icapuí, no Ceará (primeira carcinicultura comunitária com Licenciamento Ambiental do Brasil).
O I Intercâmbio de Comunitários Maranhenses em Carcinicultura faz parte do Plano Estadual de Desenvolvimento da Carcinicultura do Maranhão, que está sendo desenvolvido pela Sepaq. O secretário chefe de Gabinete, Assis Araújo, comentou sobre o intercâmbio. “Este intercâmbio nos revelou a exata dimensão desta atividade e suas características tecnológicas, físicas, sócio-econômicas e principalmente ambientais, desmistificando a tese de que a carcinicultura gera danos ao meio ambiente. Ao contrário disso, o que percebemos é que o cultivo do camarão é objeto permanente de estudos e de conclusões científicas por parte dos empreendedores com o acompanhamento permanente do setor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC. Um levantamento realizado pela Marinha do Brasil em 2011 estudando todos esses aspectos, comprova que se trata de uma atividade sustentável”, disse Assis.
Em seu relatório enviado ao prefeito municipal, Amarildo Pinheiro, Assis diz que ‘a experiência adquirida nestas visitas, onde conheceram todos os seguimentos da cadeia produtiva, associada aos dados levantados pela ABCC, concluíram que, com o nosso potencial natural, não é nenhum exagero dizer que essa atividade poderá ser a redenção da nossa região’. “Nos fez ponderar também que, embora com esse extraordinário potencial também demonstrado no zoneamento costeiro de 2003, no nosso Estado, o cultivo do camarão caminha a passos lentos, as unidades produtoras em operação são muito abaixo da média em operação no país, sem a devida atenção do Governo Estadual, principalmente por não oferecer os incentivos fiscais necessários para atrair grandes empreendedores”, afirmou.
Quem também comentou a visita foi o vereador Dezinho. No Plenário da Câmara de Vereadores o parlamentar disse que a região pode ser tornar um do maiores produtores camarão do Brasil se os projetos em andamento derem certos. Confiram outras informações do relatório final da viagem que as autoridades de São João Batista fizeram nestes estados no final de julho e começo de agosto.
1) Através do associativismo/cooperativismo: Inicialmente para criação/engorda em cativeiros. Essa modalidade(cooperativa) é bem vista pelos agentes financeiros favorecendo o financiamento. Gera um envolvimento das comunidades e incentiva o pequeno empreendedor e a mão de obra local. Favorece a negociação com fornecedores de matéria prima, ração e demais insumos. Caracteriza-se pela geração de emprego e renda e pela oportunidade de negócios no meio rural do município.
2) Sistema de Consórcio: Criação de um consórcio entre os três municípios(SJB, Viana e Anajatuba) para buscar investidores da iniciativa privada para um projeto mais arrojado e completo explorando outros seguimentos da cadeia produtiva do camarão. De forma consorciada Instalar um laboratório com capacidade de produção de náuplios e de pós-larvas para abastecer as fazendas de engordas cujos cativeiros deverão ser instalados individualmente em cada município. A aquisição dos demais insumos poderão ser adquiridos da mesma forma e distribuídos proporcionalmente a cada município. Todas as análises e interpretações desses levantamentos devem ser levadas para uma discussão ampla com toda a sociedade, com as entidades governamentais envolvidas, sociedade civil organizada, como Governo Estadual, municipal, ministério da pesca e aquicultura, agentes financeiros, sindicatos, associações comunitárias, órgãos ambientais, da política fundiária etc.
Folha de SJB