‘Os tambores estão mais fracos’, diz Iramar Barros sobre morte de Bigurrilho

Iramar e Bigurrilho, durante o carnaval de 2016

Os tambores estão mais fracos, as batidas com mãos calejadas das lidas pela vida nas beiradas dos campos joaninos perderam um grande mestre. Um percussor das brincadeiras múltiplas de qualquer época do ano, esse mestre respeitado que comandou durante anos a sua turma que mais amou.

O Salgueiro e sua saída nos carnavais de rua da velha São João estarão atingidos com sua falta, a alegria e irreverência com suas baianas de mais de meio século de idade e seus batuqueiros fiéis eram atração certa todos os anos.

O velho Bigurrilho foi pego pelo cansaço da vida e da doença implacável, aos 67 anos o comandante do escrete salgueirensse, o animador das nossas tardes carnavalescas, o grande ícone da cultura joanina foi chamado pelo senhor dos céus. Em outras dimensões, o autor de várias canções que eram inspiradas pelo seu torrão amado a Beirada irá animar outras turmas. Adeus, grande Mestre.

A sua paixão pela música nos alegrou por várias décadas. Você se foi, mas o Salgueiro ficará para sempre com sua marca registrada, desfilando para nós a sua eterna saudade gravada em nossas memórias o seu grande sucesso…

“Vou armar minha pudica ô… Pra pegar minhas piranhas… Lá vem Bigurrilho… Com sua turma Choqueando” que certamente iguais a outras composiçoes, teve a inspiração, olhando para o céu da Beirada em noites de muitas estrelas brilhantes assim como o nosso artista brilhou para nós durante toda a sua vida

Vai com Deus, Bigurrilho!!

Iramar Barros

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