A Polícia Civil efetuou, nesta quarta-feira (10), a prisão em flagrante de um homem de 40 anos, acusado de exercer ilegalmente a medicina no Hospital Municipal ‘Lídia Martins’, em Bequimão, na Baixada Maranhense. O caso chocou a população e gerou cobranças à gestão do prefeito Zé Martins, que disse não ter conhecimento do caso e abriu um processo administrativo para investigar o caso.
Segundo as investigações divulgadas pela própria polícia, o suspeito utilizava de forma fraudulenta o carimbo e o número de Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico regularmente inscrito, realizando atendimentos e, possivelmente, até procedimentos cirúrgicos, mesmo sem estar legalmente habilitado para exercer a profissão no Brasil. As investigações tiveram início após o verdadeiro médico — cujo nome e registro estavam sendo utilizados — procurar a Polícia Civil para denunciar a fraude.
De acordo com os relatos, o investigado teria sido contratado por terceiros que o pagavam para substituí-los nos plantões, prática que está sendo alvo de apuração interna. A prefeitura confirmou que o falso médico se formou em medicina na Bolívia, em 2022, mas não havia sido aprovado no Revalida, exame que valida o diploma de medicina estrangeira para atuação no Brasil. Ainda assim, ele atuava ativamente nos plantões no hospital da cidade.
O caso repercutiu fortemente nas redes sociais e na imprensa local. O advogado Cesar Cantanhede, ex-vice-prefeito de Bequimão, usou suas redes para cobrar explicações do prefeito Zé Martins: “Me sinto triste e envergonhado em trazer tal notícia, mas preciso mostrar para vocês a mentira na qual estamos cercados. Já precisei de atendimento médico e recebi um serviço de negligência que trouxe danos à minha saúde. Quantas vidas foram ceifadas por terem sido cuidadas por um falso médico?”, declarou Cantanhede.
Prefeitura se manifesta
Em nota oficial, a Prefeitura de Bequimão informou que instaurou uma investigação interna assim que tomou conhecimento da operação da Polícia Civil. Segundo o levantamento preliminar, o investigado não possuía contrato formal com o município, e sim atuava substituindo outros profissionais de forma irregular, sendo pago diretamente por eles.
Ainda segundo a nota, o prefeito Zé Martins expediu um decreto determinando a abertura de processo administrativo e fixou o prazo de cinco dias para que todos os profissionais da saúde em atuação no município apresentem suas documentações atualizadas — incluindo médicos, enfermeiros e técnicos. “A Prefeitura de Bequimão e a gestão do Hospital Lídia Martins colocam-se à disposição da Polícia Civil e de quaisquer outras autoridades competentes para o completo esclarecimento do caso”, afirmou o comunicado.
Consequências legais
O suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. Após os procedimentos legais, ele foi encaminhado ao sistema prisional local, onde permanecerá à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos, verificar a extensão dos atendimentos prestados e apurar se de fato houve a realização de cirurgias pelo falso médico.
ta peraiiii então ele não é falso médico cursou medicina sim apenas n passou no revalida.