Aconteceu nesta quarta-feira (26) o lançamento do Anuário da Piscicultura 2025, publicação feita pela Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), que apontou a cidade de Matinha como o maior produtor de peixes do Maranhão e apresentou dados importantes sobre o setor aquícola. O evento, realizado em São Paulo, contou com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
De acordo com o anuário, o mercado do pescado tem mesmo muito o que comemorar. Mesmo com as instabilidades enfrentadas pelo setor em 2024, a piscicultura teve um crescimento de 9,2% em comparação com 2023. De acordo com a publicação, foram produzidas 968.745 toneladas no ano passado e 887.029, no anterior.
O bom resultado de 2024 foi puxado principalmente pela produção de tilápia, que teve um crescimento de 14,36%, com 662.230 toneladas, contra 579.029 em 2023. Nem mesmo a oscilação na cotação prejudicou o cultivo do peixe. Outras espécies também tiveram um aumento de 7,5% na produção, com 47.810 toneladas no ano passado e 44.470 no ano anterior.
De acordo com o anuário, a piscicultura maranhense manteve-se em crescimento em 2024, reforçando seu grande poder de produção tanto de tilápia quando de peixes nativos e outras espécies (pangasius). “A industrialização é uma necessidade determinante para a continuidade do desenvolvimento do setor, possibilitando ao estado atingir outros mercados no Brasil e até no exterior”, declarou o documento.
O estudo também mostrou duas cidades da Baixada Maranhense estão entre os maiores produtores de peixes no estado: Matinha, que ficou em primeiro lugar, e Igarapé do Meio, ocupando a segunda colocação. No entanto, o documento mostra que a regularização ambiental é outro entrave para o desenvolvimento de toda a cadeia da produção e que iniciativas como o Simplifica Maranhão, do Governo do Estado, já está em operação, mas ainda não chegou na maior região produtora do estado. “O Maranhão tem um dos melhores arranjos produtivos para pequenos produtores do Brasil. Está na hora de avançar com regularização ambiental e industrialização”, completa.
Entre os peixes nativos, houve uma queda de 1,8%, com 258.705 toneladas produzidas em 2024 e 263.705 em 2023. No entanto, a alta nos preços conseguiu manter a lucratividade do piscicultor. Em comparação com levantamentos anteriores da Peixe BR, o cultivo de peixes em 2024 foi o maior em 10 anos. Ao todo, houve um crescimento de 51,8%. O presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, acredita que o aumento da demanda interna contribuiu bastante para esse resultado.
“Definitivamente, o brasileiro aprendeu a apreciar nossos peixes. Assim como na parte norte do país, a tilápia assumiu relevância indiscutível no centro-sul, tornando-se presença semanal no prato e na alimentação das famílias brasileiras. Essa consistência da demanda é um ingrediente essencial para o contínuo aumento da produção dessa proteína animal que mais cresceu na última década”, declarou o Ministro da Pesca.
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A psicultura maranhense seria bem sucedida e tiraria muitas familias de condicoes economicas desfavoraves se o Governo do Estado ao inves de gastar os tubos de dinheiro com o Carnaval, inventivasse os psicultores do Estado com políticas de incentivo â producao de peixes.