Homem que matou e decapitou o próprio primo é condenado a 17 anos de prisão em Cajapió

O Poder Judiciário da Comarca de São Vicente Férrer realizou, de 25 a 28 de setembro, uma série de sessões do Tribunal do Júri. Foi a 2ª Semana de Júris, no termo judiciário de Cajapió. As sessões tiveram a presidência da juíza Arianna Saraiva, titular da 1ª Vara Cível de Pinheiro e respondendo por São Vicente Férrer. Na primeira sessão, o réu foi Lucas Borges Silva, julgado sob acusação de ter praticado crimes de homicídio, que teve como vítima José Domingos Soares, e de lesão corporal grave, que teve como vítima Mailson Germano do Nascimento, em 13 de fevereiro de 2021.

Homem foi condenado por degolar o primo

Narrou a denúncia que, na data citada, no povoado do Livramento, zona rural de Cajapió, o corpo de José Domingos foi encontrado com marcas de queimadura. A vítima foi encontrada por Mailson e outros dois homens, perto de uma cerca de arame farpado. Os homens acreditavam que a vítima havia levado uma descarga elétrica. Ato contínuo, Mailson se apoiou na cerca com uma das mãos e neste momento recebeu uma descarga elétrica de voltagem 220, tendo ficado grudado, se debatendo e recebendo seguidas descargas, sendo levado ao hospital. As investigações apontaram que não havia nenhuma placa ou menção de que aquela cerca possuía corrente de energia.

Trata-se de uma propriedade rural a qual foi totalmente cercada por arames e, clandestinamente, foi colocado um fio de eletricidade que era ligado na tomada do imóvel, configurando uma gambiarra com a possibilidade de matar quem encostasse no arame. As investigações chegaram ao autor dos fatos, no caso, Lucas. Foi apurado que ele foi advertido pela esposa, mas disse não se importar caso alguém fosse eletrocutado. Ele foi absolvido da acusação de lesão corporal, mas em relação ao crime de homicídio. Ele foi considerado culpado, recebendo a pena de 15 anos e nove meses de prisão.

DEGOLADO

Na segunda sessão, o réu foi Raí dos Anjos Costa, acusado de crime de homicídio praticado contra Josenilson Costa. Narrou a denúncia que o fato ocorreu em 28 de janeiro de 2017, por volta das 20h00min, no Povoado Pedreiras, zona rural de Cajapió. O corpo da vítima foi encontrado por um vizinho, que se deslocou aos fundos de seu terreno para alimentar seus porcos, deparando-se com sangue no chão e a vítima degolada. As provas colhidas apontaram que o denunciado atacou a vítima enquanto ela dormia, desferindo golpe profundo e extenso de arma branca, causando a morte por decapitação. Ele foi considerado culpado pelo conselho de sentença, recebendo a pena de 17 anos e três meses de prisão.

O réu do dia 27 foi Francinaldo de Jesus Carvalho Assunção, acusado de ter matado José Carlos Martins Barros, em 1o de julho de 2013. A denúncia narrou que José Carlos foi morto com um golpe de faca. Narraram os autos que havia uma confusão na entrada do município, próximo a um arraial, quando o denunciado teria sido atingido por pauladas, desferidas pela vítima. Ato contínuo, Francinaldo teria atingido José Carlos com uma facada, levando-o a óbito. Posteriormente, o denunciado confessou a autoria do delito. Ele foi considerado culpado pelo conselho de sentença, e recebeu a pena definitiva de 6 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, em regime semiaberto.

A última sessão da série teve como réu João Sabino Souza Filho. Ele estava sendo acusado de prática de crime de homicídio que teve como vítima José Domingos Everton Rocha. Narrou a denúncia que, em 24 de setembro de 2013, denunciado e vítima estavam em uma festa na praça da cidade. Em determinado instante, os dois iniciaram uma desavença, pelo fato de Everton ter entrado no banheiro onde se encontrava a irmã de João Sabino. Foi apurado que, após a desavença, o denunciado teria, utilizando-se de tocaia, vitimado Everton com um tiro na altura do peito, causa de sua morte. A própria vítima teria dito ao pai, antes de morrer, que João Sabin foi o autor do disparo. Por fim, ele foi considerado culpado pelo conselho de sentença, recebendo a pena de 16 anos e meio de prisão.

imagem de uma sessão de um julgamento, em um plenário fechado

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