Estudo da Fundação Getúlio Vargas coloca o Litoral e a Baixada Maranhense como as regiões mais pobres do Brasil

A pesquisa ‘Mapa da Nova Pobreza’, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base dados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Litoral e a Baixada Maranhense são as regiões mais pobres do Brasil. O estudo, concluído em julho deste ano, mostrou que quase um terço dos brasileiros tem menos de meio salário mínimo para passar o mês.

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Essa condição social aumentou durante a pandemia no Brasil. De acordo com o estudo, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. Isso representa 29,6% da população total do País. Em dois anos (2019 a 2021), 9,6 milhões de pessoas tiveram sua renda comprometida e ingressaram no grupo de brasileiros que vivem em situação de pobreza.

A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%). No extremo oposto está o Maranhão, com a maior proporção de pobres (57,90%). Na análise do FGV Social, o Brasil foi dividido em 146 estratos espaciais: aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59% de habitantes nesta situação. Já Florianópolis concentra a menor população pobre do País, com 5,7%. Trata-se de uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira.

Na questão da variação geográfica da pobreza no período da pandemia, a mudança desta condição de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais). As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais).

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O economista e professor universitário Luciano Simões alerta para a existência da parcela da comunidade indicada como extrema pobreza. “Esta é a mesma linha utilizada nos ministérios como da Cidadania que considera a renda básica de R$ 89 para efeito de recebimento da pessoa. Linha de pobreza de 497 pela FGV, de acordo com o Ministério da Cidadania, enquanto R$ 89 para a extrema pobreza”, explica.

São 33 milhões de brasileiros que vivem com menos de R$ 289 por mês. Pelo levantamento, que usa dados que começaram a ser coletados em 2012, esse é o pior cenário já registrado. O objetivo da pesquisa, realizada pela Fundação, é avaliar o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Continua Anual, recém disponibilizados pelo IBGE.

Sobre a pesquisa

O contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do País. Este número em 2021 corresponde 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia.

Desde o começo da série histórica, em 2012, a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021. Demonstrou-se neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas series anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados. Além da medição da pobreza brasileira agregada e suas variantes, conferiu-se especial atenção à composição geográfica da pobreza para localizar os estoques e os fluxos de pobreza no território brasileiro.

Maranhão é o estado mais pobre da federação

A mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia, revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais), e as únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais). Disponibilizou-se um leque de rankings geográficos e de mapas de sobrevoo interativos para cada um explorar as carências sociais na sua área geográfica de interesse.

O objetivo é avaliar o nível e a evolução da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Continua Anual, recém disponibilizados pelo IBGE. Explorou-se inicialmente cenário básico dos grandes números da pobreza nacional. O passo seguinte é a espacialização destes números. Na etapa final, mapeou-se a influência das escolhas metodológicas e de uma miríade de linhas de pobreza nacionais e internacionais nos resultados encontrados. Os maiores nível e incremento da pobreza brasileira recente se revelam robustos.

A matéria completa pode ser acessada AQUI e os dados da pesquisa AQUI.

Municípios pesquisados

2 respostas para “Estudo da Fundação Getúlio Vargas coloca o Litoral e a Baixada Maranhense como as regiões mais pobres do Brasil”

  1. Rapaz eu não acredito nisso! Pq Lula não disse que tinha tirado todo mundo da pobreza? Onde essas pessoas estavam, nesse tempo? Porque os filhos deles nao entraram na faculdade? Não acredito que eles não comiam picanha. Mais olha isso tem uma causa. O Estado era governado por quem? Por um comunista de esquerda e capacho de Luladrão. Agora uma coisa tem que ser dita. Hoje o dinheiro da Bolsa familia é o triplo da epoca que era pago pelo PT, e pagos hoje por quem? Por Jair Bolsonaro. Agora pergunta pra maioria desse pessoal em quem eles vão votar? Então eu nao tenho pena não. Porque eu nao acredito que mesmo sendo analfabeto a pessoa nao tenha notado essa diferença de valores. Sou baixadeiro e infelizmente se esse Ladrão for eleito de novo vou pagar a conta junto com esses idiotas. Pq esses jumentos votam errado, e quem paga a conta é quem trabalha, quem não vive as custas de governo.

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