Povo Akroá Gamella denuncia ex-prefeito de Pedro do Rosário por invasão de terras sem licença ambiental em Viana

O Conselho de Lideranças do povo Akroá Gamella, da terra indígena Taquaritiua, situada em municípios como Viana, Matinha e Penalva, denunciou, neste domingo (9), o ex-prefeito da cidade de Pedro do Rosário, Raimundo Antônio, por comandar destruição de juçareiras sem licença ambiental.

Ex-prefeito de Pedro do Rosário, Raimundo Antônio

De acordo com as informações, o ex-prefeito, que é empresário, teria mandado destruir juçareiras nas margens do Rio da Dama, na Aldeia Santeiro, localizado no povoado Santeiro, divisa entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva, na Baixada Maranhense. A situação pode desencadear um novo conflito por terras na região.

“Informações preliminares destacam que o empresário pretende aterrar aquela área. Nada se sabe sobre a existência de licenciamento ambiental por órgão competente. A Terra Indígena Taquaritiua está em fase de estudo de identificação e delimitação, portanto, em uma área protegida por lei, assim todo e qualquer empreendimento deve ser feito com consulta prévia ao povo”, informaram as lideranças.

A área é constantemente alvo de conflitos. Em 2017, vários indígenas ficaram feridos após entrarem em conflito armado contra alguns moradores próximos e em 2021 vários índios foram presos, após um conflito envolvendo a instalação de uma torre de transmissão da Equatorial Energia, que passava dentro da terra indígena.

A informação foi publicada pelo Conselho Indigenista Missionário no Maranhão, organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que atua junto aos povos indígenas. “Por essas razões não hesitaremos em acionar os órgãos de defesa dos direitos indígenas e da Natureza”, concluiu o CIMI. Ele divulgaram um vídeo sobre a situação, que pode ser visto abaixo.

Outro lado

O blog encaminhou as informações ao ex-prefeito Raimundo Antônio, pelas redes sociais. O empresário disse que nasceu há 62 anos no povoado Santeiro, em 12 de dezembro de 1960, e que não cometeu nenhum crime ambiental até o momento.

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