Justiça nega pedido de revogação e manda prender ex-candidato a prefeito de Matinha

A Justiça de Viana mandou prender o terceiro colocado nas eleições para prefeito de Matinha, Francisco Mendonça Silva Júnior, conhecido popularmente como ‘Júnior de Raquima’. Ele está foragido. Como o blog anunciou em janeiro, o político está sendo acusado de agredir a ex-esposa e atropelar duas pessoas em Viana. (reveja AQUI).

Júnior de Raquima

De acordo com as informações, no início de fevereiro a Justiça decretou a prisão do líder político por ter agredido a sua ex-companheira, Clecia Amaral, de 40 anos, com socos no rosto, chutes e puxões de cabelo. O crime aconteceu no dia 29 de janeiro, em uma fazenda situada na zona rural de Viana, na companhia de um segundo homem.

Após isso, os advogados dele entraram com um pedido para revogar a prisão preventiva, mas foi negado pela juíza que acompanha o caso, Carolina de Sousa Castro, juíza da Segunda Vara de Viana, no dia 12 deste mês. Ao pedir o relaxamento da prisão, os advogados disse que ‘inexistem argumentos em concreto para segregação cautelar, bem como em razão de ser primário, possuir bons antecedentes e residência fixa, e realizar tratamento psiquiátrico com uso de medicações controladas’.

Ao decidir o caso, a juíza disse que ‘os argumentos apresentados em favor do réu não merecem prosperar’ e indeferiu o pedido para revogar a prisão. “As condutas atribuídas ao representado são de elevado potencial ofensivo, tendo lesionado a vítima com socos no rosto, puxões de cabelo e chutes, somente tendo cessado as agressões quando a vítima conseguiu fugir dos agressores, que durante as agressões também ameaçaram-na de morte, o que evidencia, minimamente, a materialidade delitiva fática imputada ao representado”, comentou.

Clécia postou fotos pelas redes sociais e acusou ex-marido de agressão

Além disso, ela reafirmou que Júnior de Raquima descumpriu a ordem judicial de medidas protetivas, ao aproximar-se de Angelina Clecia e ainda causar-lhe lesões e proferir ameaças, demonstrando a necessidade de custódia cautelar do representado, a fim de manter a integridade física e corporal da vítima, sendo inviável, portanto, a substituição da preventiva por cautelares diversas da prisão. Por fim, Carolina de Castro frisou que o suspeito atropelou duas pessoas e que ‘mostra-se imperiosa a prisão preventiva no intuito de evitar a reiteração delitiva, hipótese excepcional da norma em abstrato para garantia da ordem pública’.

“No caso em tela, verifica-se ainda que o mandado de prisão não foi cumprido, motivo pelo qual não há que se falar em ineficiência da Unidade Prisional para manutenção do estado de saúde do suspeito, haja vista que nem foi custodiado, e ainda que tivesse sido, o tratamento médico que realiza com o uso de medicações controladas é realizado na Unidade Prisional. A conduta do representado em furtar-se ao cumprimento do mandado de prisão preventiva reforça ainda mias a necessidade da medida para a garantia da aplicação de lei penal”, concluiu a juiz, ao indeferir o pedido de revogação da prisão.

Outro lado

O blog tentou, por diversas vezes, entrar em contato com o suspeito, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O empresário disputou, pela primeira vez, a eleição para prefeito de Matinha em 2020, quando saiu em terceiro lugar, com 1.957 votos. Clécia Amaral já foi secretária de Assistência Social do município diversas vezes e mais recentemente comandou a mesma pasta na cidade de Pedro do Rosário, durante a gestão passada.

Decisão

Vejam a decisão que manteve a prisão preventiva de Júnior de Raquima. Decisão – Prisão Jr de Raquima – Baixar

2 respostas para “Justiça nega pedido de revogação e manda prender ex-candidato a prefeito de Matinha”

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