Após recomendação do Ministério Público, prefeito de Vitória do Mearim adia e altera licitação de quase R$ 6 milhões

O prefeito de Vitória do Mearim, Nato da Nordestina, teve que adiar e realizar alterações em uma licitação envolvendo quase R$ 6 milhões para serviços de fornecimento de gasolina, após uma recomendação do Ministério Público. De acordo com as informações, há suspeita de direcionamento do processo para favorecer aliados.

Prefeito teve que alterar edital com suspeita de direcionamento

Segundo colheu o blog, Nato iria realizar um procedimento licitatório no dia 28 deste mês, com a intenção de contratar uma empresa para fornecimento de combustível (gasolina comum, óleo diesel comum e óleo diesel S10) para as secretarias municipais. A licitação prevê o pagamento de R$ 5.745.424,736 à empresa vencedora.

No entanto, uma das exigências era de que a distância entre o posto e a Prefeitura Municipal não poderia ser superior a nove km, o que foi denunciado ao Ministério Público e, por isso, a promotora da cidade, Karina Freitas Chaves, encaminhou uma recomendação ao prefeito Nato da Nordestina um dia antes para que mudasse a exigência da distância, adie o procedimento e divulgasse novamente o edital.

Para a representante do Ministério Público, ‘tal exigência encontra-se em total afronta ao que estabelece a Constituição Federal, pois impõe limitação à ampla participação de todos os interessados no certame, sem que tenha ocorrido qualquer justificativa plausível para tanto e ofende, ainda, e os princípios da livre e ampla competitividade e da proporcionalidade, pois impede que participantes de cidades circunvizinhas participem do certame, a exemplo dos postos da vizinha Arari’.

“A necessidade de dar plena, total e inequívoca ciência aos gestores de que a exigência de distância máxima entre o posto de combustível e a sede da prefeitura municipal, sem sólida fundamentação, é contrária ao Direito e contribui para fraudes em licitações e prejuízos ao erário, devendo ser evitadas por decisão e ação dos gestores públicos”, completou.

Em resposta encaminhada à promotora, o prefeito Nato do Nordestina tentou explicar a exigência ilegal e disse que não tinha a intenção de direcionar a licitação, estranhou o fato de uma empresa concorrente impugnar e denunciar o edital e finalizou que acatará, na íntegra, a recomendação enviada. Com isso, além da exigência ser excluída do processo, novas datas serão divulgadas para contratar combustível para o município.

Vejam os documentos…

Recomendação do MP – Baixar

Resposta de Nato da Nordestina – Baixar

Edital da licitação – Baixar

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