As desigualdades econômicas e sociais representam uma característica que acompanha a região da Baixada Maranhense, fato que avançou a partir da chegada da covid-19. O passado para mim serve só para observar e não errar de novo. O presente envelheceu muito rápido, trazendo inflação, baixo crescimento econômico, falta de emprego, enfim, o Brasil semeou desesperança, precisamos acreditar na possibilidade de uma vida melhor, somos a vergonha da fome, da miséria, da tristeza, é desolador ver políticos ricos e população pobre. Para mudar, é preciso coragem, materializar soluções para os problemas reais da baixada, a maioria dos nossos políticos não estão comprometidos, as falsas promessas não enganam mais o povo.
A Baixada Maranhense não pode continuar reféns de políticos demagogos tanto de extrema direita quanto da esquerda. A Baixada não quer mais o velho politico com ações ultrapassadas, que promete areia, tijolo e outras coisas qualquer em troca do voto. A política chegou a limites inaceitáveis, o vírus da má politica se alastra o povo não sabe em quem mais acreditar, e já passa a duvidar da sua maior força: o voto.
Nasci na década de sessenta, no auge da ditadura, assistir muitos movimentos, um emblemático duelo ARENA e MDB, mesmo na ditadura vi diálogos. Hoje, acredito na reconstrução da Baixada, o seu povo é o seu maior ativo e deve ser o protagonista de seu próprio destino e clamam por urgência. A Baixada para sair da situação de pobreza tem que pensar em uma educação mais eficiente, mais inclusiva e mais conectada com a realidade.
Para começar, pensar em um programa robusto de capacitação para os jovens e uma educação conectada com a realidade do lugar e das pessoas que vivem nele. Existem muitas pessoas na Baixada e no Maranhão que estão fora do jogo. Se elas entenderem o contexto que estão vivendo, as riquezas naturais daquela região e como explorá-las em harmonia com o ambiente para criar produtos que sejam viáveis e desejáveis, é possível desenvolvê-las para que gerem sua própria renda e ganhem autonomia.
No momento, falta uma melhor gestão dos recursos públicos, melhores resultados deve ser o indicador de urgência do povo. A Baixada tem futuro e queremos contribuir para que isso se refaça o mais rapidamente possível, não podemos mais esperar. A Baixada é um lugar de gente corajosa para a mudança e que sempre soube trabalhar a terra e dela render frutos.
O homem da Baixada não tem medo de desafios e confrontos. Sempre soube equacionar problemas no respeito ao direito de todos. Não vamos deixar que oportunistas tomem as nossas cidades, peguem o pouco do dinheiro público e faça farra do mesmo como se tudo fosse dele, com um agravante, sem prestar conta.
A Baixada é uma nação que sempre fomentou a paz, a tranquilidade e a natureza, sendo um exemplo para outras microrregiões do estado. Mais recentemente, a região virou uma cobiça de maus políticos que só pensam no dinheiro público, algo inadmissível. Precisamos cuidar das pessoas, especialmente dos jovens, cada vez mais desanimado com a realidade que se impõe. Precisamos o tempo todo está preocupado com o presente, com o futuro e com o sonho de cada filho e filha que nasce dentro da Baixada. A felicidade de um é de todos. Já percorri longas estradas, sou otimista e tenho fé em Deus. Por isso acredito que, com coragem e coração, novas esperanças vão surgir.
A Baixada não merece insistir nos mesmos erros, sejam eles mais ou menos recentes. Estejam eles à direita ou à esquerda. Não é de hoje que a política decepciona. Já se vão décadas. Mesmo em períodos em que alguns acreditavam que estávamos a brilhar, embalados pela ilusão de determinados candidatos, falhamos. Desperdiçamos a oportunidade de avançar e nos afundamos na corrupção.
A Baixada de 2000 até os anos 2020 empobreceu ainda mais. Em nossa terceira década de atraso, talvez tenhamos uma chance de reversão. Ou não. Afinal, as mesmas práticas e ideias que nos trouxeram até aqui continuam vivas e ainda encantam, apoiadas no atual obscurantismo e dando voz ao messianismo e ao populismo. São todos parte desse grande trem fantasma em que o Maranhão e o Brasil se transformou.
Merecemos, finalmente, avançar.
Gilberto Aroucha, doutor em Educação e membro da Academia Joanina de Letras, Ciências e Saberes Culturais.
que pena que nunca conseguimos executar os diques da baixada era uma pauta super importante
Aroucha de boas intenções a baixada tá cheia nunca nenhum governador ligou para as verdadeiras pautas dessa região
É necessário soerguer a baixada. Tem que deixar de ficar por baixo.
Levanta Baixada!
Separar pra dominar, assim fizeram quando dividiram a baixada em “Litoral ocidental e Baixada”, é tudo a mesma coisa, porém nós separaram e nada muda pra melhor
Assim não temos representantes próprios, somente os apropriados !!!!