Evento em São João Batista marca a criação da Academia Joanina de Letras, Ciências e Saberes Culturais

Nesta última sexta-feira (29), foi criada a Academia Joanina de Letras, Ciências e Saberes Culturais (Ajolecis), após debates, reuniões e escolha dos primeiros acadêmicos. O evento foi realizado no Centro de Convenções de São João Batista e contou com a participação da maioria dos primeiros membros, convidados, autoridades e representantes de instituições.

O blog reproduz um texto produzido pelo professor e presidente eleito da Ajolecis, Marcondes Serra…

A ACADEMIA CHEGOU E A SOLENIDADE DE CRIAÇÃO FOI EMOCIONANTE

A ansiedade de todos era incontida! O grande dia 29 – sexta-feira, chegou e aconteceu, em clima festivo em ambiente caprichosamente aconchegante, que se revestiu de alegre satisfação, bem visível em todos os semblantes, pois era indisfarçável aquele “gostinho especial” da certeza em assumir o privilegiado status de acadêmico, não pela decantada “imortalidade”, mas sim pela convicta importância da AJOLECIS – Academia Joanina de Letras, Ciências e Saberes Culturais – assentada sobre um conjunto de ações que lhe conferem destacada finalidade sociocultural – d’onde advém a certeza do quão deveremos ser abnegados construtores do resgate de tantos valores culturais esquecidos no anonimato, uma legião do passado e também do presente, pois muitos valores joaninos já se foram sem reconhecimento, outros estão por aí, espalhados por este imenso Brasil, desconhecidos de nossa gente, embora sejam expressivos cidadãos em outras plagas, – personagens encantados pelo fenômeno da alma artística, pela dedicação e responsabilidade profissional concedente de grandes conquistas.

São falhas da justeza de nossa memória que nos esforçaremos para corrigir. Sentimo-nos, portanto, com a distinta obrigação de coloca-los em evidência, trazê-los zelosamente ao conhecimento e reconhecimento e proximidade de nossa gente e laureá-los condignamente! Também promoveremos atividades consagrantes das potencialidades e dos valores joaninos inseridos nos diversos seguimentos da instituição – metas que cumpriremos com dedicação, esmero e eficiência, com as bênçãos de DEUS PAI TODO PODEROSO, apoio das autoridades e incentivo de nossa comunidade – já tão orgulhosa pela realização de um sonho, repentinamente considerado como sendo bem mais extensivo do que pensávamos e cultuávamos zelosamente. A AJOLECIS era um sonho joanino, não apenas de seus fundadores, agora, transformado em prazenteira realidade!

Não poderia deixar de exaltar o especial apreço pela Língua Portuguesa, uma das inspiradoras razões que principiaram e justificam a existência da academia. Muitos de nós são poetas, escritores que se esmeram no trato com as palavras e deliciam-nos com obras requintadamente maviosas. A última flor do lácio inculta e bela, como referenciou Olavo Bilac, é o universo no qual esses confrades e confreiras movem a inspiração e pela qual se integram à comunidade lusófona, constituída de milhões de pessoas espalhadas pelos diferentes continentes, comunicando-se em português , cada povo a seu modo. Vale-nos lembrar o magistral Fernando Pessoa e seu dito: “a minha pátria é a língua portuguesa” e nós estaremos certamente muito inspirados por ele e assim cultuaremos a literatura e os livros e as produções literárias entre nossos conterrâneos.

Amigos, nossa academia foi criada com o orgulhoso referencial “a casa de Fran Figueiredo”. Ele foi escolhido para ser patrono da instituição, será também a casa de todos os demais patronos, a casa de todos os acadêmicos, mas, acima de tudo será uma realização que orgulhará nossa terra, firmar-se-á como o ambiente do diálogo entre a tradição e a contemporaneidade que esperançosamente dará bons resultados! A solenidade contou com presenças ilustres, como do representante da AFALMA e da Academia Matinhense, Sr. César Brito, do Excelentíssimo Prefeito Municipal e da Primeira Dama, Sr. Emerson Lívio Soares Pinto e Hildene Pinto – apoiadores significativos da entidade, Sra. Mayara Pinheiro – Vice-Prefeita, do Presidente da Câmara Municipal, Sr. Jorge de Baduca e dos vereadores, Secretários Municipais e convidados.
Inicialmente, somos 31 acadêmicos e compomos um quadro notoriamente icônico, delineado por uma escolha seleta de patronos, confrades e confreiras naturalmente joaninos ou ligados condignamente à construção da historicidade de nosso querido São João Batista. Em breve, estaremos envidando os esforços necessários à complementação do quadro constituído por 40 membros, seguindo fielmente os preceitos estabelecidos pelo Estatuto e Regimento da instituição.

Percebemos claramente que a ansiedade dos acadêmicos não se satisfez, uma vez que passamos ao nível da impaciência em começarmos a agir em prol da consagração dos objetivos – a extensão daquele sonho sonhado coletivamente (desculpem-me a tautologia premente) – aquele desejo que se firmou permanentemente em cada um de nós, vivo e constante, esperançosamente otimista, prenhe da certeza de que construiremos um marco em nossas vidas e na história de São João Batista!

A academia será um espaço de convivência real, amigável e elegantemente pacífica. Um ambiente ameno, onde nos dedicaremos esforçadamente ao usufruto daquilo que nos beneficiará e engrandecerá nossa alma, em forma de projetos contemplativos do crescimento de nossa terra, nas áreas afinadas com os propósitos institucionais – culturais e artísticos – que sejamos dignos construtores, mantenedores, resgatadores da memória joanina. Somos conscientes que nossos propósitos não diferem das outras academias, quanto ao aspecto teórico, mas certamente que nosso ânimo fará a diferença no aspecto atitudinal , pois, graças a Deus, compomos um grupo com grandes expoentes, reunidos provavelmente pela saudade dos tempos de mais dedicação, gentileza e delicado amor ao próximo, apego à nossa eclética cultura, com o especial ufanismo que sempre caracterizou a ligação dos bons joaninos à sua querida terra – um sentimento que se mostra em semblante alegre e sincero, funda-se em argumentos extremamente firmes, expressa-se em termos de claro entendimento, pois provém da decisão vocacional em dar mais significância a nossas vidas, transforma-nos em plantadores das sementes dos sonhos mais prósperas , em solo abençoadamente fértil.

Não nos foge a certeza de que precisaremos ser fortes e corajosos para os embates contra as adversidades. Aqueles que se dedicam às artes, à cultura, tantas vezes são confundidos como articuladores apenas de projeção pessoal, mas isto, para nós, é mera consequência daquilo que é bem feito e torna-se agradavelmente digno de sucesso, por isso é que somos dedicados detalhistas, caprichosos artesãos de cada obra. Sabemos que remaremos contra a maré, enfrentaremos desafios terríveis e de toda ordem, mas bem determinados e decididos, seguiremos em frente, como já seguimos vitoriosos até aqui.

Vejam quem são os primeiros acadêmicos e patronos…