Em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Arari, realizada no dia 12 de agosto, os réus Aristônio de Jesus Mendes Lopes e Antonio José Oliveira Lopes foram condenados, respectivamente, a 14 e 12 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato de Antônio José Neves Oliveira (conhecido como Zequinha), em 23 de setembro de 2020.
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Os jurados, por maioria, acolheram a tese de acusação do Ministério Público, que classificou o crime como homicídio qualificado, praticado por motivo torpe, por meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme definição do artigo 121, do Código Penal.
O Ministério Público foi representado no julgamento pela titular da Promotoria de Justiça de Arari, Patrícia Gomes Costa Ferreira, que ofereceu, em outubro de 2020, Denúncia contra os condenados.
CRIME
O assassinato foi cometido, aproximadamente, às 22h, no povoado Campo do Carmo, na zona rural de Arari. Segundo os autos, vítima e condenados saíram no início da noite e consumiram bebida alcoólica. O motivo do crime foi classificado como vingança, uma vez que a vítima teria feito ameaças de morte aos condenados.
De acordo com a Denúncia, os acusados premeditaram o crime, após encontrar com a vítima, em um campo de futebol, próximo à residência de Aristônio. “O emprego de facão e faca, por meio cruel, causou intenso sofrimento à vítima”, narra a manifestação ministerial. O corpo da vítima foi escondido em um matagal, à beira de uma estrada.
Durante interrogatórios, Aristônio afirmou ter desferido dois golpes de facão na vítima. Antonio, também conhecido como “Porquinho”, admitiu golpear duas vezes Zequinha com uma faca. Após o crime, Aristônio estava escondido em casa de parentes, no bairro Roseana Sarney, quando tentou fugir e foi preso pela polícia. “Porquinho” foi preso em flagrante, por crime de furto, em 29 de setembro de 2020, e confessou que, com Aristônio, havia matado a vítima.