Um dos 22 trabalhadores de Vitória do Mearim resgatados por trabalho escravo em São Paulo foi diagnosticado com Covid-19

Um dos 22 trabalhadores naturais de Vitória do Mearim está com covid-19 e foi resgatado do trabalho escravo no plantio de cana-de-açúcar nos municípios de Guará e Ituverava (SP). De acordo com auditores fiscais do trabalho ouvidos pela coluna, este foi o primeiro caso de uma pessoa escravizada que testou positivo para a doença.

Moradores de Vitória do Mearim foram resgatados em São Paulo

Ele relatou que teve febre, dores no corpo, tosse, chegando ao ponto de apresentar dificuldade para andar. Não contou com assistência médica do patrão. Conseguiu, por fim, fazer um teste que acusou o resultado, mas não teve seu nome divulgado. Ao todo, foram 22 libertados pelo Grupo de Fiscalização Móvel em uma operação iniciada no dia 9 de abril.

O grupo, que havia sido “vendido” de um empregador para outro, também foi vítima de tráfico de seres humanos e passava fome. Coordenada por fiscais do trabalho, a ação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal. Os trabalhadores foram aliciados mediante falsas promessas, como a garantia de salários de até R$ 4.200 por mês, alojamentos dignos e boas condições de serviço.

Contudo, chegando ao local, verificaram que a realidade era bem diferente. A começar pela remuneração, reduzida devido a dívidas contraídas de forma ilegal. Eles começaram devendo 12 colchões usados que haviam sido comprados para parte do grupo, o restante dormia no chão sujo e frio ou em redes, segundo a fiscalização. A dívida também incluía o transporte desde Vitória do Mearim (MA), onde foram aliciados.

Pela lei, esses gastos de alojamento e transporte deveriam ser cobertos pelo empregador. De acordo com o auditor fiscal do trabalho, Claudio Secchin, que coordenou a ação, em determinado momento, o grupo de trabalhadores foi repassado de um empregador a outro, que comprou essas dívidas produzidas de forma fraudulenta, passando a ser o responsável pelos trabalhadores.

Por causa disso, ficaram conhecidos em São Sebastião de Cachoeirinha, distrito de Ituverava, como “os vendidos”. Além da servidão por dívida, os resgatados estavam em condições degradantes e sem nenhuma proteção para covid-19. Eles chegaram a passar fome e a fiscalização teve que custear alimentação aos trabalhadores. Não contavam com instalações sanitárias nas frentes de trabalho, fazendo suas necessidades fisiológicas no mato. Os alojamentos estavam sob risco de incêndio por conta de instalações elétricas precárias. Não havia nem papel higiênico e o mau cheiro era generalizado.

s empregadores não forneceram equipamentos de proteção individual, nem ferramentas corretas para o trabalho, fazendo com que os trabalhadores adquirissem tudo. No total, o valor devido em salários e verbas rescisórias foi de R$ 101.522,70. Os dois empregadores firmaram termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público do Trabalho e terão que pagar R$ 37 mil em danos morais individuais. Como a ação ainda está em curso, detalhes sobre os empregadores não foram revelados. Assim que se tornarem públicos, este texto será atualizado. Fonte: UOL.

Uma resposta para “Um dos 22 trabalhadores de Vitória do Mearim resgatados por trabalho escravo em São Paulo foi diagnosticado com Covid-19”

  1. EX. PREFEITO DE MIRANDA, JUNIOR LOURENÇO É INVESTIGADO PELA POLICIA CIVIL DO MARANHÃO POR DESVIO DE 22-MILHÕES, BLOGS DE SÃO LUIS.

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