Um grupo com 49 passageiros ficou abandonado na BR-153 após o ônibus clandestino no qual viajavam quebrar na estrada, em Goiatuba, no sul do estado de Goiás. Ao longo do trajeto, eles tiveram que pagar pela manutenção e até combustível do veículo. Agora, sem dinheiro, muitos relatam que estão até passando fome.
O veículo saiu do Maranhão com destino a São Paulo, sendo que a maioria dos passageiros são das cidades da Baixada Maranhense, especificamente de Olinda Nova do Maranhão e São Vicente Ferrer. O ônibus foi apresentando problemas mecânicos ao longo do caminho, mas estragou totalmente na segunda-feira (14), quando passava por Goiatuba.
O para-choques estava quebrado e os bancos estavam danificados. Quatro pneus furaram ao longo do trajeto e o motor não funciona mais. A lavradora Ângela Silva estava levando o filho para fazer uma cirurgia que estava sendo esperada há três anos. “Acabou tendo essa tragédia toda e estamos sem dinheiro para comprar comida. Não sei mais o que fazer”, disse.
O motorista do ônibus disse que estava desempregado e receberia R$ 600 para dirigir parte do trajeto. “Eu não sabia a situação do ônibus, que ele estava irregular. Me falaram que teria um outro motorista, que ia dirigir só uma parte, mas vim sozinho até aqui. E não tenho nenhum centavo”, disse Webert Serra Gomes.
Segundo o que o Blog do Jailson Mendes colheu, pelo menos 10 dez pessoas são de Olinda Nova, sendo a maioria da região do Bairro Novo e Iraque e que o veículo pertenceria à empresa Gordo Turismo. Desde que o veículo parou na estrada, os passageiros estão passando dificuldades, dormindo dentro do veículo a espera de uma solução. “O dono do ônibus joga a responsabilidade para o agenciador de passagem, que joga para o dono do bar. Se a gente tirar o ônibus, eles não vão ter onde dormir, vão ficar ao relento”, disse o policial rodoviário Roberto Mattos.
Ontem, os passageiros foram colocados em outro ônibus, regularizado, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, e conseguiram seguir viagem. O custo do transporte será repassado ao dono do veículo clandestino. Com informações do G1.