CONSUMO DE DROGAS EM SÃO JOÃO BATISTA NO EDITORIAL DO JORNAL ‘O ESTADO’

Jornal O Estado do MA – A polícia fechou o cerco aos traficantes de drogas e em menos de uma semana apreendeu 137 kg de droga em São Luís e no interior do estado. O saldo é altamente positivo, mas, por outro lado, é a prova de que o volume de entorpecentes comercializado no Maranhão é cada vez maior, o que exige alerta permanente das autoridades de segurança pública.

Somente em uma operação, realizada na madrugada de ontem, policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Militar, apreenderam 65 kg de maconha prensada dentro de um Fiar Doblô que trafegava na estrada de acesso ao município de Santa Helena, vizinho a Pinheiro, na Baixada Maranhense. A propósito, a Baixada vem sendo assolada há anos por traficantes, que transformaram a região em nicho para a venda de todo tipo de droga, desde as mais baratas, como maconha e crack, à cocaína, consumida em alta escala por uma parcela cada vez maior da população.

A droga está disseminada em todos os municípios da Baixada Maranhense. cidades como Pinheiro, Viana, São Bento, São João Batista, Mirinzal, Guimarães, dentre várias outras, tornaram-se terras férteis para os traficantes, tanto pela insuficiência do aparato de segurança, quanto pelo número crescente de usuários. Em eventos como vaquejadas ou qualquer outra festa popular, os entorpecentes circulam livremente, gerando altos lucros para os criminosos e arregimentando cada vez mais adeptos.

Em São Luís, a situação não é diferente. Apesar da repressão policial ser mais intensa, o tráfico consegue operar sua engrenagem com sucesso na capital e se alastra como praga por praticamente todos os bairros. Ciente desse poderio, as forças de segurança se mantêm monitoramento constante e vez ou outra fazem grandes apreensões, como a do último sábado, quando um carregamento de 72 kg de pasta-base de cocaína, avaliado em R$ 10 milhões, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no fundo falso de uma Toyota Hilux que trafegava na BR-135, nas proximidades do município de Itapecuru-Mirim.

Chama atenção o valor estimado da cocaína retida. A quantia de R$ 10 milhões é uma fortuna. Por isso, ao tirar a droga de circulação, a polícia impôs grave desfalque financeiro aos traficantes. Por outro lado, é certo que eles manterão a rota de transporte de entorpecentes, seja por terra, seja por qualquer outro meio. E pela quantidade de crack, maconha, cocaína e outras substâncias ilegais comercializadas, tem-se a certeza de que ainda falta muito para exterminar de vez esse mal da sociedade.

A polícia não deve dar trégua ao tráfico, um dos males mais nocivos, que está raiz de quase todos os crimes. Em outra frente de combate, o país deve instituir leis mais rígidas contra o comércio de drogas. A educação também é importante para conscientizar os cidadãos sobre o perigo dos entorpecentes, de modo a evitar o primeiro contato. E aos que já vivem o drama do vício resta buscar tratamento e recuperação, com pleno apoio da família e assistência do poder público.

Folha de SJB

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