CASAL DENUNCIA DISCRIMINAÇÃO EM ESCOLA PÚBLICA

MANIFESTO DE REPÚDIO E INDIGNAÇÃO A DISCRIMINAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAS.

Queremos aqui externar nosso repúdio e indignação ao tratamento que foi dado ao nosso filho J. L. de 9 (nove) anos de idade e que tem síndrome de down. Ontem dia 21 de maio de 2015 ao chegar à sala de aula do Jardim Ateniense, como faço desde o inicio do ano letivo, J. L. pronunciou seu nome no mural “cantinho dos nomes” minha surpresa foi que o nome dele não estava lá, surpresa maior foi quando um coleguinha dele que estava ao lado disse que o J. L. pronuncia o nome do coleguinha como sendo o dele. Fato que me deixou preocupado e assustado.

Casal denunciou suposta discriminação em escola pública

Ao questionar a professora porque o nome de J. L. não estava no mural, ela meio que desconfiada, após repetir o questionamento, simplesmente respondeu-me que J. L. não fazia parte da turma e que nem no diário de classe o nome dele constava e que segundo o “CODIGO” ele não poderia está mais no Maternal, pois, o mesmo já tem 9 (nove) anos. Sendo que ele estava matriculado e informado no censo como aluno do 2º ano. E, eu meio sem chão perguntei o que ele estava fazendo ali desde o inicio do ano e como poderia esta matriculada no 2º ano se ainda não consegue escrever seu próprio nome?

E que todos nesse estabelecimento de ensino têm conhecimento que seu desenvolvimento intelectual é lento e que precisa de muito estimulo, por esse motivo estava repetindo o ano para ter melhor aproveitamento e não se sentir desestimulado por não poder acompanhar os coleguinhas da mesma idade, uma vez que sua idade mental é de 4 anos e sua idade cronológica é de 9 anos. Ela ficou desconsertada e informou que tinham colocado assim e que era para falar com a diretora. Esperei a diretora chegar e reportei o caso, questionando que nem o nome de J. L. estava sendo trabalhado no seu desenvolvimento e chegue até a questionar se ele estava sendo tratado apenas como um boneco… Ate mesmo como um animal sem compromisso ou responsabilidade para com sua inclusão social ou mesmo seu desenvolvimento intelecto.

A mesma tentou justificar, mas diante das evidencias mandou-me procurar o diretor geral da escola. Ao expor a situação para o diretor geral que ficou consternado com o episodio dizendo que isso não pode acontecer.Entretanto, informou-me que realmente o J. L. está mesmo matriculado no 2º ano e que era pelo fato que não poderia repetir na mesma serie pela idade dele e que tinham que informar no censo que ouve uma evolução do aluno. Posicionamento que discordei uma vez que não mostrava a realidade, sendo pintado um aprendizado que nunca existiu, mostrando uma criança com necessidades especiais apta a acompanhar o mesmo ritmo de desenvolvimento dos demais alunos, coisa totalmente distante da realidade do nosso ensino, prova que o J. L. está frequentando o 3º período do maternal.

Após refletir buscando forças para manter a clama e sensatez, fiz uma denuncia no Ministério Publico onde a promotora após tomar conhecimento do caso mostrou muita preocupação e que faria uma audiência com a Secretaria de Educação e que seriamos convidados para esclarecer o caso. Não estamos aqui querendo aparecer ou colher onde não plantamos, nem mostrar uma situação de discriminação ou falta de gerencia ou até mesmo um crime, porque votamos neste ou naquele candidato ou por superproteção ao nosso filho e sim por ser cidadão de bem, com deveres e direitos como qualquer cidadão que paga seus impostos e luta por uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

Espero que os gestores entendam que “INCLUSÃO SOCIAL” não é só garantir acesso à escola é também garantir meios para um verdadeiro aprendizado com garantias de um desenvolvimento eficiente e eficaz para que a pessoa com necessidades especiais possa usufruir de uma vida mais independente na sociedade sem ter que mendigar ou ser um peso morto para a sociedade. Não podemos mais admitir que se pense que pessoas sejam excluídas do meio social em razão das características físicas que possuem, como cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação físico-mental. Já nascemos com essas características e não podemos, de certa forma, ser culpados por tê-las.

É bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando essas pessoas são colocadas em um grupo que as aceita, pois nos acrescenta valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida. Temos que extirpar esse pensar discriminatório, mesmo que seja mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.

HILTON CARVALHO DE ABREU E ANA LUCIA DE ALMEIDA ABREU pais de J. L.

6 respostas para “CASAL DENUNCIA DISCRIMINAÇÃO EM ESCOLA PÚBLICA”

  1. Hilton e Ana recebam a minha solidariedada,coisa dessa natureza não pode acontecer em um municipio tão pacato como o nosso e nem em lugar nemhum do mundo eu sei o cuidado e o carinho que vocês tem com os filhos de vocês ,parabéns pela iniciativa.

  2. É muito triste ver que pessoas que trabalham com a educação para melhorar
    o país,façam um ato desse,é uma vergonha em dizer que essas pessoas trabalham como educadoras.É revoltante.Hilto e Ana tenham meu total apoio.

  3. Pouca vergonha, não vamos deixar passar em branco ele tem direito a educação como toda e qualquer criança tem, valeu pela iniciativa de exigir os direito a educação.

  4. Difícil conceber tamanha negligência e insensatez numa escola que propagam como bem conceituada. Fico triste com este ato de discriminação com uma criança especial que deveria na realidade ter uma atenção diferenciada. Tudo é contraditório nesta gestão. Lamentável! Aproveito para me solidarizar com a família do meu amigo Hilton.

  5. É lamentável que a educação dos nossos municípios seja o reflexo da gestão dos nossos governantes, mas eu acredito na justiça!
    Me solidarizo com esta família.

  6. A minha inteira solidariedade a meu amigo, Hiton e esposa. A minha grande indignação com esses profissionais sem preparo para lidar com situações desse tipo. São fatos como esse que mostram a desqualificação de nossos docentes que cuidam de nossas crianças pelo Brasil.

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