AOS QUE PARTIRAM, A SAUDADE…

Por Batista Azevedo
Hoje é dia de Finados. Dia de lembrar os que aqui estiveram e não estão mais. Fizeram a eterna viagem. Estão em outra dimensão. 
Apesar de lembrarmos e reverenciarmos só os mortos, quase não nos lembramos daqueles que nasceram neste dia. Sei que muitos nasceram no dia 2 de novembro. Mas só lembro de um. Aliás, até hoje, só conheço um: meu amigo Zé HenriqueA ele, meus parabéns, muitos anos de vida!
Mas, o finados é sobretudo o dia para lembrarmos dos nossos mortos. Sejam dos parentes ou mesmo dos amigos, dos mais distantes aos mais próximos. Sejam daqueles que viveram a nossa mesma infância ou juventude, ou sejam daqueles que, mais velhos, aprendemos a gostar por afinidade ou cumplicidade de nossas criações.
A lembrança de todos aqueles com os quais convivi me é muito forte. Sinto-os. Mas sei também que não estão mais aqui a não ser nas lembranças daqueles que, como eu, lhes tinham muita estima e respeito.
Como não lembrar do meu amigo e professor Raimundo Freitas. Uma das raras inteligências com quem convivi profissionalmente. O dileto e sempre respeitoso amigoTonho Abreu. Do amigo e também professor Rubem Rosa. Dos irmãos Belo e Neto, – primos que deixaram um enorme vazio. Do companheiro e professor Chico Aranha, nobre conterrâneo, sonhador como eu, de que a nossa terra-mãe, um dia será exaltada em sua grandeza. Também me lembro de Kirley, como assim se autodenominava o amigo Carlos Martins Dominici, que ainda bem jovem desencarnou em rumo da outra vida, tal qualBebelô.

Comprazo-me na dor e na lembrança dos meus vizinhos que também se renderam e aceitaram à convocação de Deus. Lembro-me de Seu Félix eDona Nizete  mesmo já tenham partido há bastante tempo. Eumary, sempre cordial e bom filho, também marcou pelo seu jeito respeitador e paciente. Seu Washington, que mesmo com seu jeito particular e introspectivo, com certeza ainda queria estar por aqui. Mestre Cândidoque viveu a intensidade de sua existência sempre com admiração e consideração a mim. Como se esquecer de Dona Cândida (ou Nhá Cândida para os de casa e vizinhança), a sempre amiga e lutadora mãe-amiga-parteira-e-comadrede todas as horas. De todos tenho sempre uma lembrança. 
Não tenho muitos amigos que já partiram. Prefiro tê-los aqui ainda, privando-me de suas agradáveis companhias. Mas pelos que já se foram, tenho o respeito devido e o reconhecimento de que aqui cumpriram as suas missões. 
A todos, a saudade e a luz eterna!

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