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“Antes podíamos perceber que as pessoas se preparavam para o período carnavalesco. Os matinais no clubes carnavalescos tinham a missão de garantir a alegria das crianças e dos mais jovens. Os desfiles das Escolas de Samba, organizadas por funcionários públicos, trabalhadores autônomos, enchiam as ruas de alegria nas tardes dos domingos e terças-feiras de carnaval. Estes desfiles, cada vez mais concorridos, com batucadas cadenciadas, atraiam multidões de todos os povoados que se aglomeravam ao longo do extenso trajeto do desfile.
A Turma de Mangueira do saudoso Edinho Serra, de Mequinho, de Aderson, de Brás e tantos outros; a Turma do Quinto de Mariano, de Zé Batata, de Procopinho; o Coração do Samba que reunia todos da Rua Nova e o ainda resistente Salgueiro do Samba de Bigurrilho e demais moradores da Beirada eram as estrelas da passarela daqueles tempos memoráveis.
À noite, era a vez dos bailes de salão. O baile das famílias, do banho de talco cheiroso, do whiski, do lança-perfume verdadeiro, das marchinhas ( olha a cabeleira do Zezé, será que ele é? será que ele é?; ô jardineira por que estás tão triste?, e outras tantas). Como se vê todos brincavam. Experimentava-se uma paz, pois só era permitido transgredir de alegria e exagerar só na fantasia.
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Como numa verdadeira “piracema”, cujos peixes buscam a renovação de suas vidas nas vidas postas, o carnaval vai se transformando no universo de cada um.Mas como diria o poeta português Fernando Pessoa: “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. Que sobrevivam os carnavais de ontem, que vivam os carnavais de hoje.”
Adaptado:www.jbazevedo.blogspot.com
EQUIPE DE REDAÇÃO DA AGÊNCIA SJB
tive o prazer de vivenciar os antigos carnavais de sjb;Edinho,adelson, mequinho e tantos outros da turma de mangueira;os bailes do Castelo Branco;o “salgeiro” de bigurrilho e tantas outras alegrias.tempos bons que não voltam mais…um grande abraço e parabéns pela iniciativa. carlos santos jacinto [email protected]